O Haifa joga em casa contra o Villarreal, mas o duelo será disputado em campo neutro, no Chipre, às 14h45 (de Brasília).
O Maccabi Tel Aviv, outro que perdeu torcedores no conflito, também joga mais tarde nesta quinta, contra o Zorya Luhansk, pela Liga Conferência.
Estes serão os dois primeiros jogos de dois clubes israelenses desde 7 de outubro.
"A mente não está aqui"
"É muito difícil falar sobre futebol", disse o treinador do Haifa, Messay Dego, na véspera do jogo na Arena AEK. Dego fez um breve discurso na coletiva de imprensa e não aceitou perguntas. "Muitos de nossos torcedores foram mortos. Mas Israel é muito forte e vamos superar isso", afirmou.
Membros da comissão técnica do Haifa foram pessoalmente afetados pela guerra.
O filho de um dos preparadores físicos estava na rave atacada pelo Hamas e escapou com vida por pouco. O pai de outro preparador estava em um dos kibutzim alvo dos terroristas.
"Normalmente você pensa no jogo, nas táticas. Mas a mente não está aqui", disse o zagueiro Shon Goldberg ao jornal britânico The Guardian.
Atual campeão israelense, o Haifa tem apenas um ponto em dois jogos no Grupo F da Liga Europa. O time não entra em campo desde 5 de outubro e não conta com seus jogadores estrangeiros, que evacuaram Israel após o ataque do Hamas.
"Se fizermos algo para deixar as pessoas um pouco orgulhosas e fazê-las esquecer por 90 minutos, é bom. Não jogamos apenas para os fãs do Maccabi Haifa, jogamos pelo país," afirmou ao Guardian o defensor Rami Gershon.
A liga doméstica de Israel continua pausada por conta da guerra.