Darwin Núñez (Al-Hilal)
Em 2022/23, Darwin foi a grande aposta para renovar o ataque do Liverpool. O uruguaio rendeu 85 milhões de euros ao Benfica, mas nunca conseguiu justificar esse investimento na Premier League.
Apesar dos números interessantes em suas duas primeiras temporadas, nunca apresentou um nível consistente e, quando se esperava que, com 26 anos, estivesse a liderar o ataque dos campeões ingleses na Premier League, acabou por rumar ao Al-Hilal, vice-campeão saudita. Os 53 milhões da venda de Darwin deverão ser reinvestidos em Isak, do Newcastle.

João Félix (Al-Nassr)
Quem esperava que o Golden Boy de 2019 estivesse, seis anos depois, prestes a iniciar a sua passagem pela Arábia Saudita? A carreira de João Félix tem passagens por clubes importantes como Benfica, Atlético Madrid, Barcelona, Chelsea e Milan, mas o nível prometido nunca foi aquele que o jogador da seleção portuguesa conseguiu atingir.
Numa altura em que tanto se falava em um possível regresso a casa para revitalizar a carreira, Félix preferiu os milhões sauditas e a companhia de Cristiano Ronaldo e Jorge Jesus e aceitou a proposta do Al-Nassr. Uma desilusão para os benfiquistas e para muitos que ainda acreditavam ser possível voltar a ver a jovem joia portuguesa de 2018/19.

Rúben Neves (Al Hilal)
O fato de ingressar em sua terceira temporada no futebol saudita faz com que seja menos surpreendente ver Rúben Neves no Al-Hilal. Mas, apesar da boa carreira, esperava-se mais.
Apontado durante vários anos ao Barcelona e a clubes de elite na Premier League, Rúben Neves foi dos primeiros jogadores ainda no seu prime a rumar à Saudi Pro League. Apesar de manter as suas qualidades intactas, o futebol europeu tem saudades do meia formado no Porto.

Malcom (Al-Hilal)
Não é por acaso que o Al-Hilal domina esta lista e é a equipe mais forte do futebol saudita nos últimos anos, apesar de ter perdido a Liga dos Campeões asiática e o campeonato na temporada passada. Malcom é um dos talentos à disposição de Simone Inzaghi, novo treinador, mas podia estar brilhando no futebol europeu.
Depois de despontar no Bordeaux, foi para o Barcelona com alguma surpresa. Um salto maior do que a perna que, ainda assim, o garantiu uma permanência maior no futebol europeu. Dominante no Zenit, especialmente na última temporada em solo russo, saiu para o Al-Hilal por impressionantes 60 milhões de euros e tem sido o principal craque da equipe.

Houssem Aouar (Al-Ittihad)
A carreira de Houssem Aouar não chegou a atingir o nível que se esperava e, depois de uma temporada aquém na Roma, foi com naturalidade que vimos o meia argelino rumar ao futebol saudita. No entanto, não eram essas as expectativas no início de sua carreira.
Rosto da sempre produtiva academia do Lyon, Aouar apareceu como a promessa de ser o sucessor de Nabil Fekir, mas depois de grandes temporadas na França acabou por entrar numa espiral descentente quando sabia que o seu contrato estava a terminar. Especulado em grandes clubes do Velho Continente durante vários anos, seguiu a custo zero para Itália, mas só conseguiu reencontrar-se com o bom futebol na Arábia Saudita, comandando o Al-Ittihad ao título com 13 gols e quatro assistências.
Marcin Bulka (Neom SC)
O jogador polonês não tem o impacto midiático dos outros elementos desta lista, mas a sua mudança para o Neom SC, de uma cidade que ainda nem está construída, não deixa de ser surpreendente.
Aos 25 anos, Bulka rumou à Arábia Saudita depois de duas excelentes temporadas na Ligue 1, pelo Nice. Após passagens por Chelsea e PSG, poucos esperariam este rumo de carreira daquele que foi um dos melhores goleiros das últimas duas temporadas em França.
Marcos Leonardo (Al-Hilal)
Para sempre um menino da Vila, Marcos Leonardo fez o possível e o impossível para ajudar a equipe brasileira a manter-se na Série A, mas as dificuldades financeiras do clube e o rebaixamento acabaram por levar o Santos a vender a sua joia ao Benfica por 22 milhões de euros.
Apesar do impacto positivo sempre que saia do banco, o clube encarnado acabou por aceitar a proposta de 40 milhões de euros e vendeu o jovem brasileiro ao Al-Hilal, então treinado por Jorge Jesus. Uma decisão surpreendente, mas que foi rentabilizada pelo conjunto saudita. Em 43 partidas, Marcos Leonardo marcou 29 gols. Provavelmente, só o fato de jogar na Arábia Saudita faz com que ainda não tenha qualquer convocação à Seleção Brasileira.
Retegui (Al-Qadisiyah)
Mateo Retegui saiu para a Arábia Saudita com o rótulo de italiano mais caro, depois de o Al-Qadisiya ter investido 68,5 milhões de euros na contratação do atacante de 26 anos, o principal goleador da última edição da Série A italiana.
Formado no River Plate e no Boca Juniors, foi descoberto pela seleção italiana antes de rumar ao Genoa. A aposta da Atalanta, que pagou 20 milhões de euros para contratar o jogador nascido na Argentina, foi certeira e o valor mais do que triplicou, depois de 28 gols e nove assistências em 49 partidas. Provável titular da seleção italiana com Gattuso, Retegui vai procurar manter o nível em solo saudita.
Theo Hernández (Al-Hilal)
O currículo de Theo Hernández faz com que seja difícil avaliar esta mudança. Depois de seis temporadas no Milan, onde se sagrou campeão italiano, é natural que o lateral quisesse um novo rumo para a sua carreira, até pela última jornada atribulada, mas a mudança para a Arábia Saudita foi inesperada.
Durante alguns anos, Theo foi considerado top 3 na sua posição, venceu uma Copa do Mundo, uma Liga dos Campeões e uma Liga das Nações, mas foi convencido por Inzaghi a assinar pelo Al-Hilal por inacreditáveis 25 milhões de euros. Uma pechincha, se ignorarmos o bônus de assinatura de contrato e salário, claro.
Moussa Diaby (Al-Ittihad)
Há muitos nomes que ficaram fora de nossa lista, mas o nome final tinha que ser Moussa Diaby. Com apenas 26 anos feitos em julho, o atacante 11 vezes pela seleção francesa prepara-se para iniciar a sua segunda temporada no Al-Ittihad.
É certo que ele foi fundamental para a conquista do Al-Ittihad, com 20 participações decisivas (cinco gols e 15 assistências), mas depois de explodir no Bayer Leverkusen e no Aston Villa, esperava-se outro passo na carreira. O contrato termina em 2028, altura em que ele ainda terá 29 anos.
