Presente na Thinking Football Summit, o treinador português, que saiu do Botafogo em julho, em um momento onde o clube carioca ocupava a liderança do Brasileirão, explicou o que o levou a procurar uma mudança de ares, mesmo com uma temporada praticamente encaminhada.
“Senti que tinha desempenhado meu papel no Brasil. Erguer um Botafogo que tinha vindo da segunda divisão e que precisava que fizessem alguma coisa por ele, dando-lhe visibilidade, o que estava sendo feito. Aproveitei a oportunidade na Liga emergente que quer se posicionar no futebol mundial. Uma Liga que tem Cristiano Ronaldo, Mendy, Mahrez, Milinkovic-Savic, Mitrovic, Otávio, Rúben Neves, o Fábio Martins… Não pode continuar a passar despercebida”, explicou.

Cristiano Ronaldo
Castro acredita que é notória a diferença de qualidade do jogador saudita, perante a presença de referências do futebol mundial, e que as contratações da Europa não encaram o campeonato como uma competição de segundo escalação, mas sim como um torneio de alto nível.
“Eu quero crescer para igualar em termos de conhecimento quem está acima, é essa a natureza humana. Os que vêm da Europa têm de ser as referências. Noto um grande crescimento dos jogadores sauditas e não vejo um grande decréscimo dos que vêm da Europa. O Brozovic vem fazendo 13,5 quilômetros por jogosob 40º ou 45º graus”, explicou.
O atacante Fábio Martins, que ingressou no futebol da Arábia Saudita na temporada 2020/21, vê uma grande evolução na liga e considera que este será um “ano zero” para o torneio, em virtude das aquisições realizadas. Ele também rejeitou a ideia de que o Sauditão é menos competitivo.

"Disse várias vezes que, quando vim para cá, não vim sentado em um monte de dinheiro. Vim para fazer o meu trabalho, ter a mesma exigência e tentar melhorar todos os dias. Antigamente, as pessoas pensavam que os jogadores vinham para cá para se aposentar, mas hoje a mentalidade é diferente. Vimos agora o Al-Ahli contratando o Gabri Veiga, com 21 anos”, concluiu.