Flashscore encontrou Petr Cech em Londres, cidade que ele chama de casa há duas décadas.
O goleiro icônico passou mais de dez anos no Chelsea e conquistou todos os títulos possíveis. Ele segue acompanhando de perto o seu antigo clube, agora vivendo uma nova era sob o comando de Todd Boehly e BlueCo. "Para o clube, foi muito importante alcançar um sucesso significativo depois de tantas mudanças. Isso veio com o título do Mundial de Clubes, que foi uma grande surpresa para mim pessoalmente," disse.
"Mas acredito que é ainda mais importante agora para o Chelsea se provar nesta temporada. Esse será o verdadeiro teste. O time precisa brigar pelo título, precisa conquistar troféus. Estou realmente curioso para ver como vão lidar com a pressão e as altas expectativas," acrescenta Cech.
Mas, ao falar sobre quem será o campeão da Premier League nesta temporada, outro clube londrino é o primeiro que vem à mente de Cech – justamente aquele onde ele encerrou sua carreira vitoriosa.
"O Arsenal tem uma chance enorme este ano," acredita Cech. "Todos os rivais estão oscilando na campanha, enquanto os Gunners conseguem vencer até os jogos mais difíceis e abriram vantagem.
"A campanha na Champions League também pode dar um impulso extra. O elenco está junto há um bom tempo, tem qualidade até no banco. Por isso, acho que eles têm uma grande chance de finalmente chegar ao topo desta vez," afirma.
Sem retorno à República Tcheca
Muitos jogadores da geração de Cech na seleção voltaram à República Tcheca, trabalhando em clubes ou na federação local. O ex-meio-campista do Arsenal Tomas Rosicky atua como diretor de futebol do Sparta Prague, onde Cech também jogou, desde 2018.
Pavel Nedved, lenda da Juventus e vencedor da Bola de Ouro de 2003, é o gerente geral da seleção tcheca e atualmente busca um novo treinador. Mas Cech, seu compatriota, não pretende seguir o mesmo caminho tão cedo.
"Isso não está nos meus planos," diz ele. "Ainda moro fora da maior parte do tempo. Para trabalhar de verdade no futebol tcheco, eu teria que ficar em Praga de forma permanente, o que não é possível para mim no momento. Já recebi algumas propostas antes, mas agora estou numa posição em que posso escolher o que quero fazer, e tenho vários projetos próprios nos quais estou envolvido ativamente," explica.
"Além disso, quero continuar focado nos meus filhos e nas carreiras deles," comenta Cech. Ambos jogam na base do Fulham – o filho Damian (nascido em 2009) segue os passos do pai como goleiro, enquanto a filha Adela (2008) atua como zagueira.
Os fãs de Cech provavelmente sabem que, desde que se aposentou do futebol, ele migrou para o hóquei no gelo – esporte muito popular em seu país natal, a República Tcheca. Ele estreou como goleiro do Guildford Phoenix nas divisões inferiores há cinco anos e, atualmente, faz parte do elenco do Belfast Giants, que disputa a EIHL, principal divisão do Reino Unido.
"Hoje, estou no gelo duas ou três vezes por semana. Por conta da falta de tempo e dos meus projetos, ainda não joguei nenhuma partida nesta temporada, mas acredito que voltarei entre novembro e dezembro," conta o ex-goleiro, de 43 anos. "Também gostaria muito de ir às Olimpíadas na Itália para ver de perto os melhores jogadores do mundo."