Com quatro vitórias seguidas pela Premier League, o Aston Villa era o primeiro de um sequência de três adversários difíceis que poderiam aumentar ainda mais a pressão sobre o Liverpool. No entanto, a resposta foi positiva, não apenas pelo placar, mas pela atuação segura e controlada.
Confira a classificação completa da Premier League
Em terceiro lugar com 18 pontos, o Liverpool enfrentará o Real Madrid nesta terça-feira (4), pela Liga dos Campeões, também em Anfield, antes de visitar o Manchester City no Etihad Stadium no domingo (9). O Villa parou em 11º lugar, com 15 pontos, e jogará contra o Maccabi Tel-Aviv, pela Liga Europa, na próxima quinta-feira (6).
O campeão voltou
Depois do mercado mais badalado da Europa, o Liverpool entrou em campo com apenas um novo reforço entre os seus titulares de linha, além de Giorgio Mamardashvili no lugar de Alisson, ainda machucado.
Hugo Ekitike liderou o ataque, com Cody Gakpo e Mohamed Salah pelos lados. Alexander Isak e Jeremie Frimpong estavam fora por lesão. As outras novidades que Slot poderia usar e optou por não fazê-lo eram Florian Writz e Milos Kerkez. Ambos começaram no banco de reservas.
Se a ideia foi apostar na familiaridade e tentar recuperar um pouco da estrutura da temporada passada, deu certo. Foi o Liverpool mais próximo do campeão inglês em algum tempo.

Principalmente pela pressão organizada para recuperar a bola no campo adversário, que gerou várias chances no primeiro tempo. Na mais clara antes do primeiro gol, Szoboszlai bateu fraco nas mãos de Dibu Martínez.
O lance que abriu o placar também foi fruto disso, embora Dibu estivesse relativamente confortável para um jogador do seu calibre quando errou o passe que permitiu que Salah batesse para o gol vazio.
O egípcio se tornou apenas o terceiro jogador a conseguir 250 gols com a camisa do Liverpool, ao lado de Roger Hunt e Ian Rush.
O Liverpool não foi perfeito. Morgan Rogers acertou a trave para o Aston Villa e Mamardashvili precisou fazer um par de defesas importantes em finalizações de média distância, mas bem melhor do que o Liverpool vinha apresentando.
Controlando o segundo tempo
A grande marca do time campeão de Arne Slot foi a capacidade de controlar as partidas quando abria vantagem. Isso havia desaparecido no começo desta temporada.
No entanto, a atuação dos donos da casa na segunda etapa foi quase impecável nesse sentido. Até os 25 minutos, o Aston Villa havia conseguido produzir apenas 0.06 de xG e terminou o período com 0.15.
O Liverpool ampliou com a pressão novamente forçando um lançamento errado do Villa. Depois de uma rápida troca de passes, Ryan Gravenberch bateu de fora da área e contou com um desvio para fazer 2 a 0.
O campeão inglês abriu dois gols de vantagem em outros confrontos neste começo irregular de temporada, como contra o Bournemouth e o Newcastle, e permitiu que o adversário se recuperasse.
Desta vez, porém, não concedeu os contra-ataques que tanto o vinham castigando e deixou o relógio rolar até o apito final, como se ainda estivesse na campanha em que conquistou a Premier League.

