O "Special One" está livre no mercado mais uma vez. Poucos dias depois de ficar fora da fase de grupos da Liga dos Campeões desta temporada, por uma derrota agregada de 1 a 0 para o Benfica, Mourinho foi demitido sem cerimônia pelo Fenerbahçe.
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O português nunca foi de permanecer muito tempo em um clube. Ele está ali para viver bons momentos, não para uma longa estadia. Infelizmente, os bons momentos já não são tão frequentes quanto antes, e o homem que já conquistou tudo começa a parecer alguém fora do seu tempo.
No entanto, o treinador certamente não pensa assim, e José, sem dúvida, vai querer voltar à ativa, independentemente das supostas 89 milhões de libras (R$ 652,8 milhões) recebidas em indenizações após demissões. E agora, qual será o próximo passo de um dos maiores treinadores da história do futebol?
Retorno à Premier League?
As especulações sobre um retorno são inevitáveis, e já começaram. Graham Potter está sob enorme pressão no West Ham, embora a vitória por 3 a 0 sobre o Nottingham tenha aliviado um pouco a situação. O time de Londres também conseguiu investir nos últimos dias da janela de transferências e reforçar o meio-campo com Mateus Fernandes e Soungoutou Magassa.
Falando no Forest, o The Athletic noticiou recentemente que o técnico Nuno Espírito Santo teve um grande desentendimento com o novo diretor de futebol, Edu. Com o cargo de Nuno ameaçado, José poderia ser o nome para levar o clube a outro patamar, embora seja provável que, em cerca de três semanas, já entre em conflito com Evangelos Marinakis.
O Wolves talvez seja a opção mais provável entre os clubes que podem ficar sem treinador em breve. Depois de mudar o rumo do clube na temporada passada, o time de Vitor Pereira agora ocupa a lanterna da Premier League, com três derrotas em três jogos e apenas dois gols marcados.
Dada a relação do clube com o agente de José, Jorge Mendes, não seria surpresa vê-lo circulando por Wolverhampton em breve.
Hora de partir para o comando de seleções?
Parece que o tempo de Mourinho como treinador de clubes de alto nível está chegando ao fim. O português já não tem o mesmo carisma e parece não conseguir se conectar com os jogadores como fazia em Chelsea, Real Madrid e Inter de Milão.
O comando de seleções sempre foi apontado como o próximo passo, e o próprio já deu a entender várias vezes que estaria aberto a essa mudança em algum momento da carreira.
"Estou fora de Portugal desde 2004, e não acho que meu país aceitaria me ver treinando outra seleção que não a minha. Meu destino, em termos de seleções, é disputar uma Copa do Mundo com a seleção portuguesa. Nunca considerei treinar a seleção brasileira", disse recentemente ao Sporty Net.
"Minha primeira experiência tem que ser com Portugal, e depois as pessoas precisam entender que sou um profissional e posso treinar outras seleções, mas sempre as que eu tenha alguma ligação. O Brasil, obviamente, pela relação histórica entre nossos países, a Inglaterra porque é minha casa, a Itália, onde trabalhei por vários anos", completou
Destino ou não, ver José comandando Portugal em uma Copa do Mundo seria um grande espetáculo.
Um caminho menos tradicional?
O Fenerbahçe é um clube de enorme reconhecimento internacional, disso ninguém duvida, mas poucos imaginavam José desembarcando na Turquia. Talvez seja um sinal dos tempos, mas também mostra disposição para aceitar desafios em clubes e países que perderam espaço em uma era dominada pelas cinco grandes ligas.
O ídolo do Rangers, Ally McCoist, comentou na TalkSPORT sobre o quanto gostaria de ver José no seu ex-clube, embora tenha admitido que as finanças podem ser um obstáculo. Não é difícil imaginar esse movimento, já que Mourinho já falou sobre seu apreço pelo futebol escocês e a paixão dos torcedores locais.
Relatos de um jornal russo sugerem que o português estaria em negociações com times do país, mas, considerando que a Rússia está isolada do esporte mundial e isso provavelmente o tornaria uma persona non grata, não espere que isso aconteça.
Veredito
É realmente um momento decisivo para José. Em uma era em que os clubes preferem treinadores a gestores, não aposte que ele assuma o comando de um clube de elite tão cedo. Caso Portugal não tenha um bom desempenho na próxima Copa do Mundo, esse parece ser um caminho natural.