A demorada transferência de Marcus Rashford para outro clube foi finalmente selada com o empréstimo de uma temporada do jogador da seleção inglesa para o Barcelona.
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E ele não é o único ponta do Manchester United que Ruben Amorim aparentemente disse para procurar um novo clube.
Garnacho levanta a torcida de Old Trafford
Sob o comando de Erik ten Hag, o jovem Alejandro Garnacho parecia ser o único jogador que fazia a torcida em Old Trafford se levantar quando tinha a posse da bola.
Um silêncio se instalava quando a bola chegava aos seus pés, antes que o rugido tribal começasse, com os torcedores do United o incentivando a avançar em direção ao gol.
Algumas finalizações espetaculares, talvez nenhuma mais do que sua incrível bicicleta contra o Everton, rapidamente o tornaram querido tanto pelos torcedores quanto pelos companheiros; no entanto, há claramente algo em Garnacho que irrita Amorim.
Como é de seu feitio, o português vai dizer as coisas como elas são, sem deixar dúvidas quanto às suas intenções.
Ruben Amorim não é Sir Alex
Embora seja uma mudança revigorante ter um técnico capaz de comandar sem qualquer interferência de terceiros – Sir Alex Ferguson fez exatamente isso por mais de um quarto de século –, parece estar se desenvolvendo uma situação sob o comando do português, em que ele pode acabar prejudicando a si mesmo se isso significar conseguir as coisas exatamente como deseja.
Não está claro se a situação surgiu devido a uma questão disciplinar, à falta de vontade e desejo do jogador ou se Amorim realmente não o imagina no time do United no futuro.
A última hipótese seria mais difícil de acreditar, uma vez que o ponta tem 21 gols e 13 assistências em 104 jogos pelo United.
Levando em conta que apenas Rashford (40 gols, 13 assistências) e Bruno Fernandes (40 gols, 36 assistências) tiveram um rendimento maior do que o do argentino no mesmo período desde sua chegada ao clube, empurrar Garnacho para fora pode não ser a melhor atitude de Amorim.
Talvez o problema não seja necessariamente do próprio jogador e seja mais uma questão de formação tática.
Quatro pontas no total foram orientados a ir para outro lugar
Essa é certamente uma conclusão que pode ser tirada, já que, além de Garnacho e Rashford, outros dois pontas - Jadon Sancho e Antony - também foram informados de que são desnecessários.
Com relatos sugerindo que o United também reduziu o preço pedido de 70 milhões de libras para 40 milhões de libras, o desespero de Amorim para se livrar de Garnacho é óbvio.
No entanto, a diretoria não tem se esforçado o suficiente na contratação de jogadores, o que complica um pouco as coisas.
Além de dois jovens de 18 anos, Diego Leon e Enzo Kana-Biyik, as negociações do United nesta janela de transferências foram Matheus Cunha e Bryan Mbuemo.
Com todo o respeito, ambos dificilmente são o tipo de contratação que coloca os adversários em alerta vermelho desde o início.
Os números de Garnacho continuam altos
Aos 21 anos de idade, Garnacho tem uma carreira inteira pela frente, e não há limite para o que ele pode fazer no futebol atualmente. O mundo é literalmente sua ostra futebolística.
Com uma precisão de finalização de 66,7% na última temporada e a capacidade de vencer seu marcador à vontade, o jovem sempre foi uma ameaça. A maneira como os defensores adversários recuam é o sinal mais claro do respeito demonstrado por ele, porque, francamente, a arrancada direta de Garnacho os assusta.
Uma taxa de acerto de passes que só uma vez ficou abaixo de 80% nas últimas três temporadas o coloca firmemente no grupo dos Red Devils e, embora ele possa não ser o melhor, certamente também não é o pior passador do clube.
É verdade que ele tende a perder mais duelos do que ganha, e é provável que isso influencie o pensamento de Amorim; no entanto, um ponta geralmente não é reconhecido por sua excelência defensiva, mas por sua capacidade de ir para dentro e para fora dos marcadores mais próximos e de marcar gols e dar assistências - tudo isso Garnacho fez no Teatro dos Sonhos com relativa desenvoltura.
Melhor xG no Manchester United
Um xG de 9,11 o coloca no topo desse quesito, com o 8,93 de Bruno Fernandes só sendo elevado para 11,30 graças aos pênaltis.
Portanto, não se pode deixar de pensar que a culpa é de um choque de personalidades nesse caso.
Fergie prosperou da mesma forma, mas a diferença entre um dos melhores a comandar no futebol inglês e Amorim é que Fergie teve o sucesso consistente que lhe permitiu tomar tais decisões.
Infelizmente, para o português, o veredito ainda está em aberto.
