Depois de uma longa, demorada e malsucedida saga para contratar o ponta Nico Williams, do Athletic Bilbao, o Barcelona voltou as atenções para o atacante Marcus Rashford, do Manchester United, que está em baixa nos Red Devils e foi excluído do elenco.
O jogador da seleção inglesa parecia ter perdido o rumo no Teatro dos Sonhos, primeiro sob o comando de Erik ten Hag e, depois, de Ruben Amorim. O português ficou tão irritado com a falta de comprometimento do jogador de 27 anos que deixou bem claro que ele não tem futuro no clube.
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Como resultado, Rashford pareceu fazer um apelo "venha me buscar" aos gigantes catalães, sugerindo que adoraria ser do Barcelona, mas declarar amor por um clube não garante que o chamarão.
Felizmente, parece que as preces do atacante rejeitado do United foram atendidas e os dois clubes chegaram a um acordo. Um empréstimo de um ano com opção de compra atende a todas as partes e, em ano de Copa do Mundo, dá ao jogador a oportunidade ideal para recuperar a boa forma.
30 gols em 2022/23
Em 2022/23, Rashford marcou 30 gols em todas as competições, com 17 na Premier League, portanto, a queda na temporada seguinte foi notável. Oito gols no total (sete na Premier League, um na FA Cup) foi um retorno insignificante, embora a linguagem corporal e falta de confiança tenham sido igualmente preocupantes.
Talvez não se deva esquecer que o inglês de 27 anos não foi o único jogador a sofrer com Ten Hag naquela temporada, já que, antes de Amorim assumir o cargo, o holandês vinha tendo uma das piores temporadas do United na era da Premier League.
Isso também não pode ser atribuído a Rashford. Na verdade, o atacante continuou como artilheiro do clube nas duas temporadas de 22/23 e 23/24. Apenas o capitão, Bruno Fernandes, chegou perto de sua produção de gols, com todos os outros jogadores pelo menos 15 gols atrás.
Um peso tirado dos ombros no Villa
Os torcedores do Barcelona podem estar se perguntando "por que Rashford?", e essa é, de fato, uma pergunta legítima. Em vez de basear a opinião em duas temporadas desastrosas em um dos clubes mais famosos do mundo, os torcedores do time de LaLiga talvez se sintam melhor se assistirem ao vídeo dos melhores momentos do atacante no Aston Villa.
Era como se um grande peso tivesse sido tirado de seus ombros.
Quatro gols e seis assistências em 17 jogos pelo time foram um retorno decente e, em um time como o Barcelona, que se destaca por ter pontas de velocidade por trás da defesa adversária, Rashford deve se destacar.
Está claro que o inglês também tem trabalhado no condicionamento físico, e isso pode muito bem ser uma vantagem para si, já que está se preparando para assinar um contrato e participar da pré-temporada dos Culés.
Um ponto para provar a si mesmo e aos outros
Embora não seja exatamente a última chance para Rashford, o jogador tem um grande ponto a provar para si mesmo e para muitos outros. Um refúgio no Barcelona pode ser exatamente o que o atacante precisa e, com a possibilidade de uma vaga em outra Copa do Mundo, é um momento oportuno.
Para o novo clube, o acordo é óbvio. Ainda sem dinheiro graças à incrível generosidade da administração anterior, um empréstimo com opção de compra em vez de uma compra obrigatória dá ao Barcelona a chance de contratar Rashford permanentemente dentro de um ano ou mandá-lo de volta de onde veio.
O que acontecerá em seguida, portanto, depende totalmente do próprio jogador.
O passe não é tão ruim quanto parece
É quase certo que Rashford precisará melhorar as recentes estatísticas de conclusão de passes. 82,1% no Aston Villa foi aceitável, se não fantástico, enquanto uma exibição de mais ou menos 70% no United, sem dúvida, contribuiu para a narrativa que o cercava na época.
No entanto, os 78,9% de Lamine Yamal e os 79,7% de Raphinha também não são bons demais. Onde ambos se destacam é no dinamismo e no conjunto de habilidades, sendo que o primeiro é algo pelo qual Rashford já foi famoso no United.
É provável que o técnico Hansi Flick apresente padrões melhores em todos os aspectos se o clube quiser ser considerado um verdadeiro candidato aos grandes prêmios em 2025/26.
O alemão viu a equipe conquistar a dobradinha da liga e da copa na última temporada. Se não fosse a derrota épica na semifinal contra a Inter, o Barça também teria tido a chance de enfrentar o Paris Saint-Germain na final da Liga dos Campeões.
Excelente precisão de chutes e taxa de conversão
Comparar e contrastar isso com a escuridão envolvente em Old Trafford é como estar em lados opostos de uma discussão. Não é de se admirar que os Red Devils não tenham conseguido apresentar nenhum desempenho digno de nota.
É claro que os gols são a moeda de troca de um atacante, e é nesse ponto que Rashford tem sofrido muito ultimamente, principalmente quando se coloca as estatísticas do inglês lado a lado com os 18 de Lamine e os 34 de Raphinha da última temporada em todas as competições, sem mencionar as 25 assistências de cada um em 24/25.
Pode ser uma surpresa para muitos observar que a precisão de chute de 51,3% e 52,8% deles na última temporada ficou bem abaixo dos 72,2% de Rashford - facilmente o melhor do United - e sugere que, se tiver a chance, o jogador da seleção inglesa garantirá que todos os goleiros que enfrentar fiquem atentos.
Com uma taxa de conversão de 21,4%, mais uma vez o melhor desempenho dos Red Devils, o jogador supera de longe os 7,7% de Lamine e os 14,7% de Raphinha.
Versatilidade é a chave para Flick
Não podemos nos esquecer de que Rashford pode jogar como centroavante/falso nove, se necessário, e essa versatilidade pode ser um presente dos céus para Flick nos meses em que os jogos forem muito disputados.
Se conseguir atingir o ponto ideal na chegada, simplesmente não há razão para que, com a ajuda de um braço em volta do ombro do técnico, Rashford não possa se tornar o jogador que todos sabem que pode ser. A pergunta que deve ser feita é: quanto ele quer...