O jogador, agora com 30 anos, certamente não teve a melhor fase em West London, apesar de uma transferência para o Arsenal no meio do ano passado, que elevou temporariamente o ânimo do jogador.
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Os mercados de transferências da Arábia Saudita e da Turquia ainda estão abertos, mas é altamente improvável que Sterling pense em se mudar para qualquer um desses destinos. Vale a pena perguntar, então, por que um jogador que parecia ter o mundo do futebol aos pés há quatro anos, é quase uma persona non grata entre os clubes de elite da Inglaterra.
Jogador esse que, para muitos, estava na disputa como o melhor da Euro na seleção inglesa e cujos gols - incluindo o de abertura contra a Alemanha - quase levaram os Três Leões à glória.
Apenas 19 jogos em duas temporadas
Desde a temporada 2014/15, quando Sterling ainda era do Liverpool, o atacante marcou um número razoavelmente impressionante de 162 gols em todas as competições e deu 98 assistências em 499 jogos.
No entanto, apenas 19 desses gols foram marcados em duas temporadas completas no Chelsea e, na última temporada nos Gunners, o retorno foi ainda mais abaixo: apenas um gol em todas as competições.
Mesmo que a perda do lugar na seleção seja apontada como o momento em que a confiança de Sterling começou a vacilar, o atleta já teve oportunidades suficientes para garantir mais resultados. Muitas vezes considerado como um homem de área que talvez dê um toque a mais quando vai passar para o companheiro, sua taxa de conclusão não necessariamente corrobora essa visão.
No Arsenal, por exemplo, o índice chegou a 97,1% na Copa da Inglaterra da última temporada, e só esporadicamente ficou abaixo de 80%.
Três vezes no Chelsea, esse último patamar foi muito difícil de ser alcançado por Sterling, portanto, pode se argumentar que, com a pouca continuidade que o clube tem tido com relação a certos jogadores, esses números são esperados.
Treinando sozinho
Todos os jogadores precisam do ritmo que o emprego regular no time titular traz, e isso é verdade para qualquer um, seja ele um grande nome ou não. A transferência para o Arsenal, infelizmente, não funcionou como se esperava e, com a notícia de que Sterling foi convidado a treinar sozinho novamente, longe do grupo principal do Chelsea.
Os Blues tentaram fazer de tudo para conseguir outro empréstimo para 2025/26, se não uma transferência permanente. É claro que é mais fácil falar do que fazer quando se tem um jogador de suposta qualidade internacional que só conseguiu 58 chutes a gol em três anos, além de ter perdido 28 grandes chances no mesmo período.
Uma taxa de conversão de chutes de 21,6% nas últimas três temporadas também conta sua própria história, enquanto um xG de exatamente 1,4 para o Arsenal na Premier League de 2024/25 é, francamente, incrivelmente embaraçoso para Sterling.
Não está mais disposto a vencer os jogadores?
Indo um pouco mais a fundo, é possível ver o quanto o jogador se tornou introvertido em termos da disposição para vencer os jogadores. Os dados evidenciam que, no mesmo período de três anos (2022/23 a 2024/25), Sterling só enfrentou o adversário 88 vezes em todas as competições e jogou apenas 22 bolas cruzadas para um companheiro de equipe.
Talvez o mais preocupante de tudo seja o fato de não ter conseguido completar nenhum passe quando estava sob pressão. Em última análise, os jogadores de futebol só estão em sua melhor forma quando estão claramente se divertindo com o futebol, e é óbvio para qualquer pessoa que tenha apenas um interesse passageiro no esporte que Sterling não está fazendo isso.
A dificuldade para o inglês agora é que, quanto menos jogar, mais enferrujado ficará e, com dois anos de contrato com o Chelsea, há uma decisão importante - e quase urgente - a ser tomada.
Está na hora de Sterling engolir o orgulho?
Dar um passo para trás antes de avançar, talvez já em janeiro próximo, pode não ser a pior ideia do mundo, mesmo que isso signifique que ele tenha que engolir o orgulho profissional.
Não fazer isso e tentar se provar pode ser considerado louvável em alguns setores, mas também é bastante imprudente para um jogador nesta situação.
A aceitação por parte de Sterling de que seus melhores anos ficaram para trás precisa ser o ponto de partida e, se conseguir admitir isso para si mesmo e usar isso como uma ferramenta motivacional para o que está por vir, ele terá a oportunidade de ressuscitar sua carreira que está se deteriorando rapidamente.
