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Milan e Inter concluem aquisição do San Siro enquanto projeto de novo estádio avança

Vista do lado externo do San Siro
Vista do lado externo do San SiroReuters / Claudia Greco

O Milan e a Inter de Milão se uniram para finalizar a compra do estádio San Siro e do terreno ao redor junto às autoridades municipais, dando mais um passo rumo à demolição do local e à construção de uma nova arena, informaram os dois clubes nesta quarta-feira (5).

Os dois clubes, que pertencem aos fundos de investimento americanos RedBird e Oaktree, contrataram os escritórios de arquitetura Foster + Partners e Manica para desenvolver um novo estádio com capacidade para 71.500 pessoas, como parte de um amplo projeto de revitalização da área, incluindo prédios comerciais e residenciais.

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O estádio, atualmente compartilhado pelos clubes, será demolido, exceto por uma parte histórica. Promotores de Milão abriram uma investigação sobre suposta manipulação de licitação no negócio, segundo fontes judiciais, após uma denúncia de outro grupo que alegou querer apresentar uma proposta, mas não teve tempo suficiente. A denúncia não deve impedir o andamento do acordo.

Investimento nacional

A Itália está sob pressão para modernizar seus estádios de futebol, impulsionada por investidores estrangeiros que apoiam clubes da Serie A e pela necessidade de arenas mais funcionais para a Eurocopa de 2032, que será coorganizada com a Turquia.

Construído originalmente em 1926, o San Siro é o maior estádio da Itália, com capacidade para quase 76 mil pessoas. Ele foi reformado para a Copa do Mundo de 1990, mas não oferece as mesmas comodidades encontradas em outros grandes estádios europeus.

O local também já recebeu shows de grandes estrelas internacionais, como Bruce Springsteen, Madonna e Coldplay. Pelo projeto de desenvolvimento, o San Siro, que será palco da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, continuará recebendo partidas do Milan e da Inter até que o novo estádio esteja pronto nas proximidades.

Discutido pela primeira vez em 2019, o plano de demolir o San Siro e substituí-lo por uma instalação moderna enfrentou resistência de políticos, comitês de moradores e outros que desejam preservar um dos templos do futebol italiano.

A negociação do terreno conta com financiamento organizado por Goldman Sachs e JPMorgan como coordenadores principais, além dos parceiros bancários dos clubes, Banco BPM e BPER Banca, segundo os clubes.