Tudo se acelerou após a derrota para o Huracán (1 a 0), a quarta nos últimos seis jogos do time xeneize. Durante o treino de terça-feira, em Ezeiza, Russo reuniu apenas os 23 jogadores que haviam sido convocados para aquele jogo.
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O zagueiro Rojo, ao ser excluído da conversa, sentiu-se deslocado e, depois de discutir com a comissão técnica, deixou o local visivelmente chateado. Foi a gota d'água.
Decisão firme e polêmica
Nesta quarta-feira, Rojo, Lema e Saracchi foram notificados de que estavam fora do time profissional. De acordo com diferentes versões, o aviso não veio diretamente de Russo nem de um membro da comissão técnica: um roupeiro teria sido encarregado de comunicá-lo.
O clube garante que a informação foi transmitida por Raúl Cascini e Marcelo Delgado, do Conselho de Futebol.
Os três defensores não poderão dividir o vestiário nem participar dos treinamentos com o elenco principal e já começaram a trabalhar em turnos separados com o preparador físico do clube.
Desgaste, lesões e um vestiário dividido
O caso mais delicado é o de Marcos Rojo, capitão e líder da equipe até recentemente. Com contrato até dezembro de 2025, o zagueiro não joga desde maio e está claramente desgastando a comissão técnica. O relacionamento com Russo já havia sido prejudicado na Copa do Mundo de Clubes, quando não teve tempo de jogo e foi substituído por Ayrton Costa.
Ao mesmo tempo, Cristian Lema já havia sido avisado de que não seria levado em conta, e o clube ofereceu a rescisão do contrato. Marcelo Saracchi, por sua vez, esteve perto de se transferir para o Independiente, mas a mudança foi cancelada no último minuto.
Tudo indica que o tempo de Rojo no Boca chegou ao fim. O zagueiro de 35 anos, que já jogou no Manchester United e na Argentina, disputou 118 partidas e marcou nove gols desde a chegada em 2021. O Estudiantes de La Plata demonstrou interesse em contratá-lo, mas, por enquanto, não há nenhuma oferta formal para desbloquear a saída.

Presente ruim e clima quente no clube
A crise esportiva do Boca não dá trégua: eliminado na fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes, fora nas oitavas de final da Copa Argentina e com apenas dois pontos no Torneio Clausura, o time de Russo está longe das expectativas. Além disso, nas últimas horas, multiplicaram-se os rumores sobre uma possível reestruturação do Conselho de Futebol.
Com um vestiário dividido e dirigentes marginalizados, o panorama parece complexo em La Ribera. E o pior: parece que isso está apenas começando.