Navratilova, vencedora de 18 títulos de Grand Slams durante sua longa carreira, tinha anunciado em janeiro que teve detectados um câncer de garganta e um câncer de mama.
Aos 66 anos, ela ainda deve passar por um tratamento preventivo de radioterapia, mas transmitiu a boa notícia em uma entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan, que deve ser transmitida pela emissora TalkTV nesta terça-feira.
"Até onde eles (os médicos) sabem, estou livre do câncer", declarou Navratilova, que explicou que o diagnóstico a fez temer pelo pior.
"Eu fiquei completamente apavorada durante três dias, pensando que não chegaria ao próximo Natal", admitiu na entrevista.
"A lista de coisas para fazer me veio na cabeça, tudo o que eu queria vazer. Pode parecer muito superficial, mas cheguei a me perguntar qual carro de luxo queria dirigir se vivesse um ano", revelou.
Navratilova, que já tinha tratado um câncer de mama em estágio inicial em 2010, procurou um médico após perceber um um inchaço na garganta que exames confirmaram posteriormente como câncer. "Era a primeira semana de dezembro, dizia para mim mesma que iria ver aquele Natal, mas talvez não o próximo", afirmou.
Os médicos explicaram que seu câncer de garganta era "extremamente travável" e que ela tinha "95% de chances" de se recuperar completamente. Navratilova, nascida na Tchecoslováquia em 1956 e naturalizada americana em 1981, marcou época no tênis feminino. Ela foi campeã nove vezes em Wimbledon, a primeira delas em em 1979, e é a recordista de títulos do torneio entre mulheres e homens.
Ela se aposentou depois de ser campeã ao lado de Bob Ryan nas duplas mistas do US Open em 2006, pouco antes de completar 50 anos. Fora das quadras, Navratilova se tornou uma grande defensora da causa LGBT. Em 2014, se casou com a ex-modelo russa Julia Lemigova.