Hidalgo disse que não “pode acreditar” que o Comitê Olímpico Internacional pense em liberar a participação dos dois países em Paris 2024 após a invasão da Ucrânia.
"Não consigo imaginar por um segundo que o COI queira deixar tal legado. Portanto, vou fazer tudo o que puder para que isso não aconteça", disse a prefeita ao jornal esportivo francês L'Équipe, a 500 dias do início dos Jogos.
O COI anunciou em janeiro que estava aberto a aceitar os atletas russos como neutros, o que gerou críticas de todo lado.
A Rússia e sua vizinha Bielorrússia foram banidos de muitas competições internacionais desde que a guerra começou, há um ano.
No mês passado, Hidalgo sugeriu que os atletas russos pudessem participar dos Jogos como parte de uma equipe de refugiados, opondo-se à bandeira neutra sugerida pelo Comitê.
"Temos que agir agora. O fato de o COI ter escolhido Paris para a celebração destes Jogos Olímpicos é um sinal muito forte, pois é a capital dos direitos humanos", acrescentou ela ao L’Équipe. "É a capital onde todas as grandes declarações universais de direitos humanos foram promulgadas desde a Revolução Francesa", completou.
Os organizadores das Olimpíadas disseram que vão cumprir a eventual decisão do COI sobre a participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos de Paris.