Sinner recebeu um gancho de três meses junto à Agência Mundial Antidoping (WADA) em fevereiro, depois de admitir "responsabilidade parcial" pelos erros de sua equipe.
Em um de seus primeiros comentários públicos sobre o escândalo, o preparador físico Umberto Ferrara atribuiu a culpa diretamente ao ex-fisioterapeuta de Sinner, Giacomo Naldi. Ambos foram demitidos pelo atleta desde que o caso veio à tona.
"Eu estava perfeitamente ciente de que a substância era proibida e, por isso, sempre a mantive guardada em segurança", contou Ferrara ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, acrescentando que ele mesmo usou o spray durante anos.
"Sugeri a Naldi que o usasse para um corte que não havia cicatrizado e estava afetando seu trabalho. Fui absolutamente claro quando falei com ele sobre a natureza do produto e que era imperativo que ele nunca entrasse em contato com Jannik", completou.
"Na verdade, eu disse a ele para usar o produto somente no meu banheiro. Naldi não negou que tivesse sido avisado, mas disse que não se lembrava", acrescentou o preparador.
Ferrara disse que não sabia que Naldi não usava luvas e também não lavava as mãos depois de usar o spray quando tratou de Sinner, especialmente depois "dos avisos que ele lhe deu".
"Em retrospecto, é fácil dizer que eu não faria as coisas da mesma maneira". "Sofri durante esse caso devido à má fé de alguns", acrescentou Ferrara, que desde então se juntou ao time de Matteo Berrettini.
A WADA chegou a um acordo com Sinner depois de aceitar que ele foi inadvertidamente contaminado por Naldi com a substância proibida clostebol, presente no spray.
A suspensão de Sinner termina em 4 de maio, permitindo que ele retorne a tempo para o Masters 1000 de Roma e Roland Garros.