Egonu é alvo de ataques racistas há seguidos anos e parece ter chegado ao seu limite após as últimas ofensas. “Você não consegue entender. Eles me perguntaram se eu sou italiana! Este é o meu último jogo pela seleção”, afirmou a jogadora, de apenas 23 anos, ao seu empresário, enquanto chorava.
Confira os resultados do Mundial de vôlei feminino
Em livro que conta sua história, Egonu revela casos de racismo e xenofobia vividos por ela na Itália, durante sua infância e adolescência. A oposta nasceu na cidade de cittadella e é filha de pais nigerianos.
Egonu terminou o Mundial na seleção do torneio, sendo a maior pontuadora da competição com 275 acertos.
Em defesa
Egonu recebeu apoio de importantes personalidades do país, a exemplo de Giuseppe Manfredi, presidente da Federação Italiana de Vôlei (Fipav). O mandatário divulgou nota oficial defendendo a atleta.
"Todos sentimos muito pelo que aconteceu com Paola e pelas ofensas recebidas nas redes sociais de algum tolo e ignorante. Após seis meses intensos de atividade, é normal que ela estivesse cansada e estressada. No do jogo, teve esse desabafo. Gostaria de lembrar que Paola passou vários anos no Club Italia, depois passou por todo o processo das seleções de base e há várias temporadas nos dá grandes alegrias com na seleção adulta da Itália."
"Tenho certeza de que está muita ligada à camisa azul. Juntamente com suas companheiras, graças aos resultados obtidos, ela está valorizando não apenas o vôlei, mas todo o esporte italiano. Paola e demais atletas são um patrimônio que a Fipav sempre defenderá e apoiará. Temos vários meses para conversar com calma, deixando tempo para ela se recuperar. Por fim, quero sublinhar que nossa disciplina se baseia na igualdade e na integração, valores que sempre foram defendidos e promovidos pela Federação", completou o dirigente.