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Racismo pode fazer Paola Egonu desistir da seleção italiana de vôlei

Racismo pode fazer Paola Egonu desistir da seleção italiana de vôlei
Racismo pode fazer Paola Egonu desistir da seleção italiana de vôleiFIVB
A seleção feminina de vôlei da Itália corre o risco de perder sua melhor jogadora por conta de atos racistas. A oposta Paola Egonu, grande destaque do time e maior revelação do vôlei local nos últimos anos, desabafou após a conquista do bronze no Mundial, no último sábado.

Egonu é alvo de ataques racistas há seguidos anos e parece ter chegado ao seu limite após as últimas ofensas. “Você não consegue entender. Eles me perguntaram se eu sou italiana! Este é o meu último jogo pela seleção”, afirmou a jogadora, de apenas 23 anos, ao seu empresário, enquanto chorava. 

Confira os resultados do Mundial de vôlei feminino

Em livro que conta sua história, Egonu revela casos de racismo e xenofobia vividos por ela na Itália, durante sua infância e adolescência. A oposta nasceu na cidade de cittadella e é filha de pais nigerianos. 

Egonu terminou o Mundial na seleção do torneio, sendo a maior pontuadora da competição com 275 acertos. 

Em defesa

Egonu recebeu apoio de importantes personalidades do país, a exemplo de Giuseppe Manfredi, presidente da Federação Italiana de Vôlei (Fipav). O mandatário divulgou nota oficial defendendo a atleta.

"Todos sentimos muito pelo que aconteceu com Paola e pelas ofensas recebidas nas redes sociais de algum tolo e ignorante. Após seis meses intensos de atividade, é normal que ela estivesse cansada e estressada. No do jogo, teve esse desabafo. Gostaria de lembrar que Paola passou vários anos no Club Italia, depois passou por todo o processo das seleções de base e há várias temporadas nos dá grandes alegrias com na seleção adulta da Itália."

"Tenho certeza de que está muita ligada à camisa azul. Juntamente com suas companheiras, graças aos resultados obtidos, ela está valorizando não apenas o vôlei, mas todo o esporte italiano. Paola e demais atletas são um patrimônio que a Fipav sempre defenderá e apoiará. Temos vários meses para conversar com calma, deixando tempo para ela se recuperar. Por fim, quero sublinhar que nossa disciplina se baseia na igualdade e na integração, valores que sempre foram defendidos e promovidos pela Federação", completou o dirigente.