As sul-africanas, na 12ª posição no ranking mundial, não são tão fortes no cenário internacional quanto seus colegas masculinos Springboks — atuais bicampeões mundiais —, mas demonstraram um nível sensivelmente mais elevado do que as brasileiras, 26ªs no mundo e que disputavam a primeira partida de sua história em uma Copa do Mundo.
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A estrela da partida foi a terceira linha sul-africana Aseza Hele, com três tries.
O Brasil só conseguiu salvar a honra com seis pontos, conquistados por duas penalidades de Raquel Kochhann, em uma partida sem história. Mas o que mais valeu por ver o país em um lugar desejado há muito tempo.
“É uma honra estar aqui. Temos 100% de certeza de que saímos daqui orgulhosas por termos dado tudo de nós. Sabíamos que não seria um jogo fácil, mas lutamos até o final e demos o nosso melhor”, resumiu a capitã Eshyllen Coimbra, que terminou o confronto com o maior número de tackles realizados: 19.
Inspiração e placar natural
As Yaras, como são chamadas, entraram em campo com uma borduna, artefato indígena do povo Rikbaktsa, símbolo de força e proteção. O resultado final foi o esperado diante de uma equipe com mais tradição na modalidade.
“O placar não é o que estávamos buscando, mas as jogadoras deram tudo que podiam. Elas precisam de mais jogos deste nível para evoluir, é a única opção. Não é fácil estar sempre se defendendo, já que ficam pouco com a posse de bola e acabam tendo um desgaste maior. Mas vejo que agora entenderam melhor a dinâmica dos jogos que terão pela frente e acredito que teremos uma segunda rodada melhor”, analisou o treinador da seleção brasileira, o uruguaio Emiliano Caffera.
O Brasil, única equipe latino-americana desta Copa do Mundo, enfrentará no próximo domingo, na segunda rodada, a França, que no sábado venceu a Itália por 24 a 0, que será o adversário da África do Sul no mesmo dia.