Segundo James MacLeod, diretor de Solidariedade Olímpica do COI, esses atletas participarão do evento "a título pessoal" e, portanto, não estarão no desfile de abertura, mas "terão a possibilidade de viver o evento".
Esta decisão segue a mesma linha da que foi tomada no início de março pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, em 28 de agosto, e igualmente exclui, assim como o IPC, a contagem dos pódios dos "atletas individuais neutros" (AIN) em seu quadro de medalhas oficial.
A Comissão Executiva do COI aprovou nesta terça-feira (19) uma bandeira dedicada a esses atletas russos e bielorrussos, com as letras "AIN" sobre um fundo verde. Também foi aprovado um curto hino sem letra, que será executado caso algum desses atletas conquiste o título olímpico.
Sem poder usar as cores de Rússia e Belarus, os atletas desses países autorizados a competir nos Jogos de Paris não devem ser muitos: apenas 12 russos e sete bielorrussos se classificaram até o momento, entre os 6 mil que já garantiram vaga no evento, explicou James MacLeod.
O COI projeta, "segundo o cenário mais provável", que haja 36 russos e 22 bielorrussos ou, "no máximo", 55 russos e 28 bielorrussos, segundo MacLeod.
Uma vez classificados, os atletas ainda precisarão ter sua participação aprovada por um "Comitê de Exame" instituído pelo COI especialmente para analisar se apoiaram de maneira ativa a invasão russa à Ucrânia.
A decisão sobre a cerimônia de encerramento, que tradicionalmente reúne os atletas mais do que as delegações, com um protocolo menos estrito, "será tomada mais adiante", acrescentou MacLeod.