Djokovic abandou a partida contra Alexander Zverev (2º) depois de perder o primeiro set por 7-6(5). Ele deixou a Rod Laver Arena em meio a vaias de parte da torcida.
"É verdade que (estou) me lesionando bastante nos últimos anos. Não sei exatamente qual é a razão para isso, talvez vários fatores diferentes", explicou o sérvio na coletiva pós-jogo.
"As estatísticas estão contra mim de certa forma nos últimos dois anos", disse. "Mas vou continuar. Vou continuar me esforçando para ganhar mais Slams". Djokovic completa 38 anos daqui a quatro meses
Sobre voltar ao Australian Open no ano que vem, o sérvio respondeu: “Não sei, há uma chance (que eu não volte), quem sabe. Tenho apenas que ver como a temporada vai. Quero continuar, mas eu não sei qual vai ser meu calendário para o ano que vem".
Djokovic entrou em quadra nesta sexta com a coxa esquerda enfaixada depois da desgastante batalha nas quartas de final contra contra Carlos Alcaraz, mas não deu sinais de dores durante o primeiro set contra Zverev.
“É uma ruptura muscular", explicou Nole. "Dois anos atrás, consegui lidar melhor na quadra, mas desta vez não foi o caso. Acho que tentei o que podia”, acrescentou.
“Não bati uma bola desde a partida contra Alcaraz até uma hora antes do jogo de hoje. Fiz tudo o que podia para lidar com a ruptura muscular que eu tinha. Tomei remédios, coloquei a faixa e tive o trabalho com meu fisioterapeuta, que me ajudou um pouco, mas no final do primeiro set, senti cada vez mais dor e achei que era muito para lidar no momento. Foi um final infeliz, mas eu tentei”, lamentou ele.
Embora "chateado e desapontado", o sérvio disse que torceria por Zverev na decisão de domingo contra Jannik Sinner, já que o alemão busca seu primeiro título de Grand Slam depois de ter sido derrotado em duas finais.
Sobre as vaias, Djoko respondeu: "As pessoas vieram, pagaram pelos ingressos esperando uma grande partida e uma grande luta, o que não tiveram. Dessa perspectiva, posso entender. Estou fazendo o meu melhor para entendê-los, mas não tenho certeza se eles me entendem ou se querem mesmo me entender."
Novo treinador fica?
Sobre sua nova parceria com o técnico Andy Murray, Djokovic afirmou não ter certeza se eles continuariam juntos.
"Vou conversar com Andy e agradecê-lo por estar aqui comigo. Darei a ele minha opinião, que é, obviamente, positiva, e verei como ele se sente", disse Djokovic.
"Ainda estamos com a cabeça quente e decepcionados, então é meio difícil mudar de página e começar a falar sobre os próximos passos", conclui.