O programa Fundo de Maternidade PIF WTA “oferecerá benefícios a mais de 320 jogadoras elegíveis do tour”, informou a Associação de Tênis Feminino nesta quinta (6).
“As jogadoras da WTA receberão, pela primeira vez, licença-maternidade remunerada de até 12 meses e terão acesso a subsídios para tratamentos de fertilidade para a formação de famílias, além de outros benefícios”, disse o comunicado.
As jogadoras terão que competir “em um determinado número de torneios da WTA em um período de tempo” para se beneficiarem do programa.
A suíça Belinda Bencic, que ganhou o ouro olímpico em Tóquio 2020 e retornou à turnê depois de ter uma filha em abril passado, recebeu bem a notícia.

“Acho que estamos muito orgulhosas, como jogadoras da WTA, por sermos o primeiro esporte feminino a fazer isso. É ótimo para todas as pessoas que estão pensando em ter uma família e voltar, especialmente para as jogadoras de ranking mais baixo, que precisam sobreviver de alguma forma quando não jogam por um ano e meio e depois tentam voltar”, disse Bencic, depois de passar pela alemã Tatjana Maria na primeira rodada em Indian Wells.
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“Sinto que agora há muitas mães na turnê, por isso estamos tentando mostrar a todos que é possível ter um bebê e jogar tênis profissional”, acrescentou ela.
Missão de Azarenka
A bielorrussa Victoria Azarenka, bicampeã de Grand Slam e representante do conselho de jogadoras da WTA, saudou “o início de uma mudança significativa na forma como apoiamos as mulheres no tênis”.
“Garantir a existência de programas como esse tem sido uma missão pessoal minha”, disse a ex-número um do mundo, que deu à luz um filho em 2016.
Várias jogadoras importantes fizeram uma pausa em suas carreiras para dar à luz, com diferentes graus de impacto em suas carreiras posteriores. A WTA diz que 25 jogadoras na ativa são mães.

Exemplos de mães campeãs
A belga Kim Clijsters conquistou três majors – o US Open em 2009 e 2010 e o Australian Open em 2011 – depois de dar à luz sua filha em 2008, seguindo os passos das australianas Margaret Court e Evonne Goolagong, que triunfaram em Grand Slams como mães.
No entanto, Serena Williams, recordista de títulos de Grand Slam com 23, não ganhou mais nenhum após o nascimento de seu primeiro filho em setembro de 2017, embora a americana tenha chegado a quatro finais em Wimbledon e no US Open.
A japonesa Naomi Osaka, tetracampeã de majors e ex-número um do mundo, retornou às quadras no início de 2024 após dar à luz uma filha sem ainda conseguir bons resultados.

Dinheiro saudita no tênis
Criticada por seu histórico em relação aos direitos das mulheres, a Arábia Saudita aumentou seus investimentos no tênis nos últimos anos e rechaça fazer "sportswashing".
A WTA firmou uma parceria plurianual com o fundo soberano PIF, e o reino vai sediar o WTA Finals até 2026.