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Djokovic sobre ação judicial da Associação de Tenistas: "Quero que outros se manifestem"

Djokovic em ação em Indian Wells
Djokovic em ação em Indian WellsJayne Kamin-Oncea / Imagn Images
Novak Djokovic afirmou, nesta quinta-feira (20), que discorda de alguns aspectos da ação coletiva movida pela Associação dos Tenistas Profissionais (PTPA), fundada por ele e pelo canadense Vasek Pospisil, contra os órgãos dirigentes do esporte.

O 24 vezes campeão do Grand Slam não está entre os 12 jogadores e ex-jogadores que apoiam a PTPA no processo.

"Em geral, achei que não deveria assinar a carta porque quero que outros jogadores se manifestem. Tenho sido muito ativo na política do tênis. 

"Essa é uma ação judicial clássica, de advogados para advogados. Para ser honesto, há coisas com as quais concordo no processo, mas também há coisas com as quais não concordo", disse Djokovic a repórteres no Miami Open.

Djokovic enfatizou que o esforço de longa data para melhorar a representação e a influência dos jogadores vão além da questão do prêmio em dinheiro e destacou o desejo de evitar divisões no esporte.

"Nunca fui fã da divisão em nosso esporte, mas sempre lutei por uma melhor representação e influência dos jogadores e seu posicionamento global em nosso esporte, que acredito ainda não estar onde deveria estar", defendeu.

As alegações

A PTPA entrou com uma ação em um tribunal de Nova York na terça-feira (18) que acusa a ATP, a WTA, a Federação Internacional de Tênis e a Agência Internacional de Integridade do Tênis de práticas anticompetitivas.

A ação legal tem como alvo o formato de prêmios em dinheiro da ATP e da WTA Tour, os sistemas de classificação e um calendário "insustentável" de 11 meses que não leva em conta o bem-estar dos jogadores. A ATP rejeitou as alegações da PTPA, que descreveu como culpado de "divisão e distração", enquanto a WTA chamou a ação legal de "infeliz e equivocada".

Outros posicionamentos

O número três do mundo, Carlos Alcaraz, se distanciou da ação judicial e alegou estar surpreso com a queixa, enquanto o australiano Nick Kyrgios a considerou um "momento especial" para que as vozes dos jogadores fossem ouvidas.

A ex-campeã do US Open, Coco Gauff, e a atual detentora do título, Aryna Sabalenka, disseram que não haviam examinado o processo em detalhes, mas que queriam que os jogadores recebessem uma parcela maior das receitas dos torneios no futuro.

"Não posso ficar aqui reclamando. Sou uma atleta profissional. Sou bem paga para fazer o que amo.... Há pessoas que fazem coisas muito mais difíceis neste mundo", declarou Gauff.