Tommy Paul, de 28 anos, atingindo o 8º lugar do ranking – seu melhor da carreira – em junho, mas depois sofreu contusões no pé e no quadril.
Às vésperas do US Open deste ano, ele pretende chegar às quartas de final do Grand Slam em sua casa pela primeira na carreira. Ele avançou para as quartas de dois dos três torneios de Grand Slam desta temporada.
"Este ano tem sido um pouco diferente da maioria", disse Paul ao Flashscore. "Eu estava lidando com uma pequena lesão no pé em Wimbledon, então tive que me recuperar um pouco, por isso fiquei de fora de alguns torneios nos Estados Unidos."
"É de partir o coração, pois não há nada que eu mais goste do que jogar tênis nos Estados Unidos, diante da torcida americana. Essa é uma das principais razões pelas quais eu jogo. Eu absolutamente amo isso, então perder essa oportunidade foi muito ruim."
"Acho que temos trabalhado muito para entrar em forma para o Aberto, ainda há muita recuperação a fazer com meu pé e meus quadris. Temos trabalhado muito na recuperação e em deixar tudo em meu jogo mais afiado", revelou ele, que nasceu em Nova Jersey, mas reside na Flórida.

"O pé nunca esteve tão bem. É literalmente a melhor sensação que já tive em cinco anos", contou o número 14 do mundo sobre sua recuperação.
"Fiquei em uma bota por algumas semanas depois de Wimbledon. Quando você coloca uma bota, seu tornozelo fica muito apertado por causa da mobilidade, ele não tem mobilidade nenhuma. É só recuperar a mobilidade e tudo mais."
"Eu não diria que estou sentindo muita dor. Eu diria apenas que estamos tentando recuperar a força em torno do tornozelo e do pé, e é nisso que estamos mais concentrados agora", concluiu.
Alcaraz é o melhor de todos
Tommy Paul considera Carlos Alcaraz e Jannik Sinner os dois adversários mais difíceis de se jogar contra no momento.
"Sinto que, para julgar o adversário mais difícil, tem de ser alguém que eu tenha enfrentado mais de uma vez", diz Paul. "Novak, eu só joguei contra ele uma vez. Obviamente, Alcaraz está lá, e Sinner está lá. Não é segredo para ninguém", respondeu.
"Mas se eu tivesse que escolher um, o nível que o Alcaraz jogou contra mim no Aberto da França deste ano, eu nunca tinha visto, então achei que aquele era provavelmente o nível mais alto", completou o tenista de 1,80m.
Os dois já se enfrentaram 7 vezes, e o americano ganhou 2 destes jogos.
Como é o cotidiano no ATP tour?
"Todos os dias, eles podem ser um pouco repetitivos. Todos os dias são duas horas de tênis, almoço, ginástica, shake de proteína e, em seguida, fazemos o tratamento na mesa. Em alguns dias, banho de gelo, massagem, apenas para me preparar", contou Paul sobre o dia a dia no circuito.
Logo após o término do US Open em setembro, Paul voltará para a Flórida para jogar a Copa Davis, representando os Estados Unidos ao lado do amigo Taylor Fritz.
Paul diz que o segredo para se manter mental e fisicamente afiado durante toda a temporada é "só amar" o esporte.
"A temporada é muito longa. Você passa por diferentes desafios ao longo do ano, e talvez não goste de alguns deles. Mas você tem que aceitar a maioria deles. A maioria dos desafios que enfrento - desde que não seja uma lesão - eu adoro tudo, menos as viagens", confessou.

"Odeio viajar, mas gosto de competir, ir para a academia, praticar na quadra, jogar partidas, jogar em quadras centrais, adoro essas coisas", disse Paul. "Sinto que foi para isso que nasci. Mentalmente, não parece um trabalho para mim", acrescentou.
"Talvez pegar outro voo quando você não quer jogar outro torneio seja mentalmente desgastante, mas quando você chega lá, entra na quadra de treino e tem a ansiedade de ver com quem vai jogar no sorteio ou com quem vai jogar amanhã, você sente essas sensações no estômago. Isso não acontece em nenhum outro lugar", contou ele.
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Quando perguntado sobre o que mais pode melhorar em seu jogo de tênis, Paul dá duas respostas: seu saque e sua execução.
"Ainda acho que preciso trabalhar muito em meu saque", analisou Paul. "Meu saque pode melhorar muito. Acho que estou tomando muitas decisões corretas na quadra, mas acho que minha execução não está muito boa no momento, especialmente no último mês. Sinto que não tive muito tempo para realmente afiar essas ferramentas na quadra."
"É nisso que estou trabalhando até o US Open", diz Paul. "Jogar, atacar o tênis, fazer um voleio inteligente. Porque você pode acertar um bom voleio, mas estar no lugar errado. Não importa. Você perderá o ponto. Todos podem passar tão bem, todos podem jogar tão bem. Eu diria que o saque e os primeiros voleios são muito importantes para mim", concluiu.