Poucos previam que a americana voltaria a uma final de Grand Slam tão cedo após a dura derrota por 6-0, 6-0 para Iga Swiatek em Wimbledon, mas Anisimova calou os críticos ao eliminar justamente a responsável por sua frustração nas quartas de final.
Siga a final do US Open pelo Flashscore
Ela chega à decisão com um estilo de jogo semelhante ao de Sabalenka, com muita potência no fundo de quadra, um forehand devastador e um saque forte que têm atropelado adversárias ao longo do torneio, além das viradas em três sets nas semifinais.
Apesar de Anisimova ter vantagem de 6-3 no duelo direto, a número um do mundo, Sabalenka, se consolidou como uma das forças mais confiáveis nos Grand Slams de quadra dura.
A bielorrussa conquistou títulos consecutivos do Australian Open em 2023 e 2024 antes de triunfar no US Open no ano passado, e agora busca ser a primeira mulher a defender o troféu em Nova York desde Serena Williams entre 2012 e 2014.
Mesmo com toda essa regularidade, chegando à sua terceira final de Grand Slam em 2025 e a terceira seguida em Nova York, a jogadora de 27 anos ainda busca o primeiro título de major na temporada, após ser superada por Madison Keys em Melbourne e Coco Gauff em Paris.
"Estou muito animada por me dar mais uma oportunidade, mais uma final," disse Sabalenka após a vitória na semifinal sobre Jessica Pegula.
"Se eu conseguir levantar esse troféu, vai significar muito para mim. Provavelmente vou ser a pessoa mais feliz do mundo."
Adversária perigosa
No caminho de Sabalenka rumo ao quarto título de Grand Slam está uma Anisimova em grande fase, que chega cheia de confiança após eliminar a tetracampeã de majors Naomi Osaka na semifinal, um dia depois de se vingar de Swiatek.
Aos 24 anos, prestes a alcançar o quarto lugar do ranking mundial na próxima semana, ela sabe como complicar a vida de Sabalenka, já que a surpreendeu há menos de dois meses na semifinal de Wimbledon.
"Senti que naquele jogo em Wimbledon, eu estava duvidando muito das minhas decisões, e isso foi o principal motivo para tantos erros não forçados," comentou Sabalenka sobre aquele confronto.
"Dei muitas chances para ela, e claro, ela jogou um tênis incrível... o segredo para mim vai ser entrar em quadra, lutar, mas confiar nas minhas decisões e buscar meus golpes."
Para Anisimova, o sábado representa mais do que a chance de conquistar seu primeiro major; é o ápice de uma longa jornada de volta ao topo.
Aos 24 anos, ela voltou aos holofotes em 2024 após uma pausa de oito meses para cuidar da saúde mental, e agora volta a brilhar no maior palco do esporte.
Grande fase
A temporada de 2025 de Anisimova já é brilhante, com destaque para o primeiro título de WTA 1000 em Doha, em fevereiro, e agora coroada com a segunda final consecutiva de Grand Slam após uma vitória de muita raça sobre a bicampeã do US Open, Naomi Osaka.
Anisimova mostrou enorme frieza ao impor à japonesa sua primeira derrota em semifinais de Grand Slam, virando o jogo após perder o primeiro set em uma batalha de quase três horas que avançou pela madrugada de sexta-feira.
"Eu fico repetindo para mim mesma que sou capaz, que acredito em mim," disse Anisimova. "Repito isso várias e várias vezes. Trabalhei muito em mim para conseguir lidar com esses momentos e acreditar de verdade em mim mesma...
"Tenho feito isso cada vez melhor, especialmente depois da final de Wimbledon. Acho que mudei bastante minha postura", afirma.
Empurrada pela torcida de Nova York, Anisimova vai tentar aproveitar o embalo, enquanto Sabalenka aposta na experiência para buscar a supremacia.
Com o título do último Grand Slam da temporada em jogo, a promessa é de grandes emoções no Arthur Ashe Stadium.
