5 jovens tenistas cotadas para brilhar no circuito WTA em 2026

Janice Tjen e Sarah Rakotomanga prontas para decolar?
Janice Tjen e Sarah Rakotomanga prontas para decolar?ČTK / imago sportfotodienst / Leco Viana

Em um circuito WTA repleto de talento, o Flashscore selecionou cinco jovens jogadoras, já esperadas ou não, que têm tudo para se destacar na temporada de 2026.

Janice Tjen

Sem dúvida, Tjen vem do país menos tradicional no tênis entre as cinco. Para se ter uma ideia, no WTA 250 de São Paulo, a tenista se tornou a primeira indonésia a chegar à final de um torneio WTA em 23 anos.

Apesar de ter perdido a final para outra integrante deste Top 5, foi a confirmação de um grande talento. E mais um exemplo de como o circuito ITF é uma verdadeira fábrica de talentos, onde brilhou conquistando quatro títulos em W35 ou W50 entre abril e junho.

Tjen aproveitou essa campanha e conquistou seu primeiro título no circuito feminino na última semana do ano, no WTA 250 de Chennai. Assim, sua evolução foi interrompida pela pausa, mas agora está colada no Top 50, com a sensação geral de que é uma futura estrela.

A WTA vê na atleta uma oportunidade de abrir o mercado asiático, mas, em termos de jogo, ela ainda tem muito a evoluir. A primeira resposta virá já no Australian Open.

Lilli Tagger

Tagger também se destacou na última semana da temporada, chegando à final do WTA 250 de Jiangxi, logo em sua primeira participação em uma chave principal do circuito feminino. Era esperada, mas talvez não tão cedo.

A austríaca já havia impressionado ao vencer Roland Garros juvenil com autoridade em junho, embora, olhando para trás, sua atuação mais marcante tenha sido em março. Na final do W75 de Terrassa, a tenista derrotou Lois Boisson, dois meses antes de Boisson brilhar chegando à semifinal em Paris.

Agora, prestes a completar 18 anos em fevereiro, a atleta carrega todas as esperanças do tênis austríaco, que está em crise desde a queda de Dominic Thiem. O único porém é que ela está "apenas" na 158ª posição mundial, então terá que passar pelas qualificações para disputar o Australian Open.

Mesmo assim, com um estilo de jogo ousado e, principalmente, um backhand de uma mão absolutamente incrível, ela pode ir longe, e a entrada no Top 100 deve acontecer em breve. No mais, o talento deve falar mais alto.

Petra Marčinko

É natural esperar que uma ex-número 1 mundial juvenil exploda no circuito. Mas a croata estava no topo entre as jovens em 2022, quando venceu o Australian Open, e ainda não conseguiu se firmar no circuito feminino. Claro, um título de Grand Slam juvenil não garante uma grande carreira, e algumas jogadoras muito promissoras nunca conseguiram se destacar.

Desta vez, porém, ela parece ter dado um salto nos níveis inferiores: um título no WTA 125, três no W100 e um no W75, tudo entre julho e dezembro – um instinto de vencedora, já que venceu 12 de suas 14 finais como profissional. Marčinko ocupa a 82ª posição mundial e tem entrada direta para o Australian Open. E é fácil apostar que não vai parar na primeira rodada.

Tereza Valentová

Mais uma campeã de Grand Slam juvenil, desta vez em Roland Garros 2024. Rapidamente, o circuito ITF e os WTA 125 ficaram pequenos para ela. Valentová encarou o circuito WTA com uma semifinal, no Livesport Open, já na sua estreia em uma chave principal de torneio regular, e, principalmente, uma final em Osaka, eliminando jogadoras experientes como Olga Danilovic e Elise Mertens, de forma impressionante.

Com um jogo moderno, bom saque, excelente forehand, ótima velocidade e claramente muita inteligência tática, a tcheca tem muitos atributos. Mas, acima de tudo, diferente de outras compatriotas promissoras como Sára Bejlek ou as irmãs Fruhvirtova, tem um lado mental mais desenvolvido, que a aproxima de Linda Nosková, que explodiu em 2025. E, sem dúvida, esse é o destino que a espera na próxima temporada.

Sarah Rakotomanga

Talvez Rakotomanga tenha sido a maior surpresa de 2025. Sua primeira participação em uma chave principal do circuito, em Rouen, em abril, terminou com uma vaga nas quartas após sair das classificatórias. Na segunda, no WTA 250 de São Paulo, conquistou um título inesperado (derrotando Janice Tjen na final), em uma chave esvaziada, é verdade, mas com experiência e maturidade de veterana na decisão – depois de salvar seis match points na primeira rodada. 

No entanto, aos 19 anos, a francesa ainda é uma grande aposta para o futuro. Venceu apenas quatro partidas em 11 disputadas em todos os níveis desde esse feito. E como está "apenas" na 123ª posição mundial, vai para as qualificações do Australian Open, a menos que sua federação decida lhe dar um wild card.

Se conseguir entrar rapidamente no Top 100, poderá iniciar uma verdadeira escalada rumo ao topo. Caso contrário, pode virar uma promessa frustrada, mas ainda não é o caso: seu jogo sólido e inteligente deve garantir destaque por muitos anos no circuito WTA.

Bônus: Alina Korneeva

Em 2023, Korneeva era apontada como a futura estrela. Campeã juvenil do Australian Open (dominando na final Mirra Andreeva) e de Roland Garros em sequência, a russa prometia ser o grande nome dos próximos anos. Rapidamente deixou sua marca no circuito ITF, começou a subir no WTA, mas sofreu com lesões duas vezes e viu outras jovens estrelas passarem à frente.

A tenista  precisou voltar a disputar torneios menores, acumulou títulos, e agora parece pronta para explodir de vez. Se conseguir passar pelas classificatórias na Austrália, já que ocupa atualmente a 214ª posição mundial, é uma grande aposta. Muitas  jovens estrelas nunca conseguiram se firmar no circuito WTA, mas seu talento é tão grande que é difícil imaginar que não vá alcançar o sucesso.