Novak Djokovic afirmou nesta quinta-feira (2) que há pelo menos 15 anos que se fala em reorganizar o calendário do tênis e que os seus colegas jogadores "ainda não estão suficientemente unidos".
A quantidade de jogos de tênis que a elite joga voltou a estar no centro das atenções nesta semana, depois de Carlos Alcaraz, número um do mundo, ter se retirado do Masters de Xangai, para descansar, e de ter havido uma série de lesões no Aberto da China.
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Alcaraz e os outros campeões do Grand Slam, como Coco Gauff e Iga Swiatek, atacaram nesta semana o calendário do tênis e criticaram o número de torneios que disputam.

Falando em Xangai, onde Djokovic perdeu a final do ano passado para Jannik Sinner, o sérvio disse que era "muito complexo" e que queixas semelhantes vinham sendo feitas há anos, mas sem sucesso.
"Há mais de 15 anos que eu falo da necessidade de nos juntarmos e reorganizarmos o calendário", disse o sérvio de 38 anos, 24 vezes campeão do Grand Slam.
"É um esporte individual mas, no final do dia, ainda se pode fazer escolhas", disse. No entanto, "há pessoas que simplesmente não querem mudar as coisas no nosso esporte para melhor, no que diz respeito ao bem-estar dos jogadores", acrescentou.
Os jogadores "ainda não estão suficientemente unidos", nem investem tempo e energia suficientes para tentar fazer com que a mudança aconteça, disse Djokovic.
"É preciso que os jogadores de topo, em particular, se sentem e arregacem as mangas e se preocupem verdadeiramente", acrescentou. O sérvio inicia a sua campanha em Xangai nesta sexta-feira (3) contra o croata Marin Cilic, 94º do mundo.
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Djokovic está de volta à ação após uma pausa de quatro semanas, tendo reduzido o número de torneios que disputa para prolongar o seu tempo no topo. A sua última participação foi no Aberto dos Estados Unidos, no início de setembro, quando foi eliminado nas semifinais por Alcaraz.