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Torcedores se reúnem em orações por vítimas de tragédia em estádio indonésio

Torcedores prestaram homenagens às vítimas de uma das maiores tragédias da história do futebol
Torcedores prestaram homenagens às vítimas de uma das maiores tragédias da história do futebolReuters
Os indonésios se reuniram para as orações de sexta-feira (7) em luto. Há seis dias, 131 pessoas morreram em uma tragédia sem precedentes no futebol daquele país. As homenagens aconteceram em meio a pedidos de uma investigação imediata sobre um dos desastres futebolísticos mais mortais da história e também para permitir que as vítimas descansem em paz.

A maioria das vítimas após a partida na cidade de Malang, na província de Java Oriental, morreu por asfixia, quando em pânico tentava fugir depois que a polícia disparou gás lacrimogêneo na tentativa de dispersar a multidão.

Na Mesquita Al Fatih, perto de Malang, um pregador islâmico liderou o chamado tahlilan, que são as orações especiais pelos mortos.

"Muitos torcedores exigem que o caso seja resolvido imediatamente para que as almas dos que morreram possam descansar em paz", disse Widodo, torcedor de futebol de 53 anos, após participar da oração.

Widodo, que como muitos indonésios usa um nome, esteve no jogo de sábado, mas saiu cedo temendo que as coisas pudessem piorar.

A polícia identificou seis suspeitos em uma investigação sobre a debandada, incluindo os organizadores da partida e três policiais que estavam presentes.

O incidente mortal alimentou acusações pesadas contra a ação dos policiais no país do Sudeste Asiático, principalmente relacionadas ao uso indevido de gás lacrimogêneo dentro do estádio - o artefato é proibido pela Fifa. A condução do caso pela Polícia foi amplamente criticada.

Mensagens e cartazes foram afixados nas portas e paredes do estádio, alguns exigindo o fim da "brutalidade policial". A Anistia Internacional Indonésia disse nesta sexta-feira (7) que a tragédia "mostra o que pode acontecer quando o uso excessivo da força pelas autoridades policiais é permitido impunemente".