Ao volante de seu superpoderoso RB20, talvez seja hora de Verstappen, líder do Campeonato Mundial, olhar pelo espelho retrovisor. O atual campeão já perdeu duas vitórias em seis corridas nesta temporada, na Austrália, em março, e em Miami, no início de maio.
À sua frente, as Ferraris do espanhol Carlos Sainz, vencedor na Austrália, e do monegasco Charles Leclerc estão à espreita, e eles também estão correndo em casa neste fim de semana. A pista de Ímola fica a menos de 100 quilômetros de Maranello, sua casa histórica, uma oportunidade para a Scuderia realizar o sonho de seus torcedores.
No retorno do paddock à Europa, espera-se que a lendária equipe do “Cavallino Rampante” faça uma série de melhorias em seu SF-24 que, de acordo com alguns especialistas, podem reduzir significativamente o déficit em relação à Red Bulls.
Antes da sétima corrida da temporada, a equipe italiana (187 pontos) está 52 pontos atrás de sua rival austríaca (239 pontos) no campeonato de construtores.
Melhorias
Entre os pilotos, no entanto, Verstappen (136 pontos) continua a monopolizar o primeiro lugar geral, à frente de seu companheiro de equipe, o mexicano Sergio Pérez (103 pontos). Leclerc, em terceiro, está apenas cinco pontos atrás de Pérez, com 98.
Atrás do trio, o piloto britânico Lando Norris é o quarto colocado com 83 pontos. Ele se tornou, em Miami, o 114º piloto a vencer um GP, se beneficiando de um golpe de sorte (um erro da direção de prova com o safety car) para vencer seu primeiro GP na elite, mas também mostrou toda a potência do MCL38 contra as Red Bulls.
Essa vitória “não significa que nossa missão tenha terminado”, relativizou o chefe de equipe Andrea Stella. “Esse resultado nos permitiu reviver nossa meta de vitórias e pódios regulares".
Para enfrentar esse desafio, a equipe inglesa também poderá contar com seu outro piloto, o australiano Oscar Piastri, que se beneficiará das melhorias feitas no carro de Norris há duas semanas.
A Mercedes (64 pontos) também tentará se aproximar das equipes líderes com um W15 atualizado. Mas será que isso será suficiente para rivalizar com a Red Bull e seu campeão? O chefe da equipe alemã, Toto Wolff, reconheceu que “teremos que esperar várias corridas antes de vermos os resultados”.
Homenagens a Senna
De volta ao calendário depois de ter sido cancelado no último minuto devido às enchentes na região no ano passado, o Grande Prêmio da Emilia-Romagna será uma oportunidade para o paddock prestar homenagem a Ayrton Senna, que morreu há 30 anos no mesmo circuito em Ímola.
O francês Pierre Gasly, da Alpine, usará um capacete amarelo em homenagem à lenda brasileira, um de seus “heróis do esporte” que o “incentivou” a participar do automobilismo. O capacete será vendido em um leilão para arrecadar fundos para a Fundação Ayrton Senna, que apoia a educação de crianças no Brasil.
Sebastian Vettel, agora aposentado da F1, dirigirá o McLaren MP4/8 de 1993 do brasileiro pelo circuito na manhã de domingo.
Em 1º de maio, dia de sua morte, foi realizada uma cerimônia em sua memória na cidade italiana e na do austríaco Roland Ratzenberger, que morreu um dia antes do brasileiro em outro acidente.