Chusovitina havia anunciado sua aposentadoria esportiva após os Jogos Olímpicos de Tóquio, há dois anos, mas seu amor pela ginástica logo a fez mudar de ideia.
"Vou treinar e agora sei exatamente o que tenho que fazer para estar nas Olimpíadas", disse Chusovitina após a final do salto de quinta-feira.
Essa seria sua nona Olimpíada, 32 anos depois de ganhar o ouro por equipe em Barcelona 1992 com a "Equipe Unificada" dos antigos estados soviéticos.

Nascida em Bukhara, no Uzbequistão, em 1975, Chusovitina mudou-se para a Alemanha em 2002 para cuidar da saúde de seu filho, que sofria de leucemia.
Ela se tornou cidadã alemã em 2006 e ganhou uma medalha de prata com suas novas cores nas Olimpíadas de Pequim em 2008.
Ela retornou ao seu país natal em 2013 e foi introduzida no Hall da Fama da Federação Internacional em 2017.
Esta semana, Oksana Chusovitina está em Hangzhou para participar de seus quintos Jogos Asiáticos, um evento em que ela já foi campeã no solo e no salto em 2002.

Ela não subiu ao pódio no salto na quinta-feira, ficando a apenas 0,150 ponto do bronze em uma competição em que algumas de suas rivais eram 30 anos mais jovens do que ela.
"Hoje me faltou um pouco de inspiração, mas não é nada sério. A vida continua", disse Chusovitina após a final.
"Estou muito feliz por ter conseguido realizar tudo o que havia planejado, então vamos seguir em frente. Estou satisfeita em treinar, participar de competições e me divertir", acrescentou ela, já pensando nos próximos eventos de ginástica nos Jogos Asiáticos. No horizonte, o sonho de competir nos Jogos Olímpicos de Paris daqui a dez meses.