Para coincidir com o Dia Internacional da Mulher, a segunda temporada da competição feminina F1 Academy começou na sexta-feira (8) no circuito de Jidá, que recebe o Grande Prêmio da Arábia Saudita no sábado (9).
Tudo isso faz parte de um esforço para atrair mais mulheres para a Fórmula 1 e encontrar sucessoras para Maria Teresa de Filippis, que disputou cinco corridas no final da década de 1950, e Lella Lombardi, a segunda e última mulher a iniciar uma corrida, na Áustria, em 1976.

O debate deveria se concentrar no desempenho e nas chances de vitória da francesa Doriane Pin, que representará a Mercedes, da holandesa Maya Weug (Ferrari), da britânica Abbi Pulling (Alpine) ou da filipina Bianca Bustamante (McLaren).
No entanto, a principal categoria do automobilismo ainda está em crise em relação ao futuro do diretor da equipe Red Bull, Christian Horner, após alegações de "comportamento inadequado" por parte de uma funcionária de sua equipe.
Horner, que permaneceu em seu cargo e estava presente no Bahrein no último sábado (2), quando Max Verstappen venceu a corrida de abertura, negou as alegações e foi inocentado pela Red Bull após uma investigação interna.
O britânico disse aos repórteres na quinta-feira (7) que era "hora de olhar para frente e traçar um limite".

"Houve uma alegação, ela foi analisada de perto e foi rejeitada. A partir daí, temos que seguir em frente", disse o diretor de 50 anos.
Nem todos na Red Bull parecem compartilhar dessa opinião. No mesmo dia, a funcionária que fez a alegação foi suspensa sem qualquer explicação da equipe.
"A Red Bull não pode comentar", disse um porta-voz da Red Bull.
Horner também não foi claro quando perguntado sobre a suspensão.
"É confidencial", disse ele: "Todos nós estamos sujeitos às mesmas restrições. Mesmo que eu quisesse falar sobre isso, não posso."

Uma saída de Verstappen?
Se a Red Bull tinha esperanças de encerrar o assunto com uma investigação rápida, elas foram frustradas pelo tumulto causado pelos comentários do pai de Max, Jos Verstappen, sobre Horner.
O ex-piloto e pai do tricampeão mundial mostrou-se tão contundente fora da pista quanto dentro dela, dizendo ao jornal Daily Mail que a Red Bull "explodiria" se Horner continuasse no cargo.
Ele também criticou Horner, que havia falado sobre ataques à sua família, depois que ele foi visto publicamente com sua esposa Geri Halliwell no Bahrein.

"Ele se faz de vítima quando é ele quem está na raiz dos problemas", disse Jos Verstappen.
Diplomaticamente, Max falou pouco sobre o assunto além de comentar que seu pai "nunca mente", mas o ex-piloto de F1 Ralf Schumacher, irmão mais novo do sete vezes campeão mundial Michael, expressou sua opinião sobre o que esse confronto poderia significar.
"Se Christian Horner se mantiver no cargo, com tudo o que isso implica, ele não só prejudicará a Red Bull, mas também garantirá que (Max) Verstappen deixe a equipe", disse ele ao jornal austríaco Kronen Zeitung.
De acordo com vários rumores na imprensa, Jos Verstappen teria se encontrado com o chefe da Mercedes, Toto Wolff, no Grande Prêmio do Bahrein, aumentando a especulação de uma mudança para que o holandês ocupe a vaga de Lewis Hamilton quando o britânico for para a Ferrari no final da temporada.

Portas abertas
Wolff colocou mais lenha na fogueira ao declarar que "tudo é possível" quando perguntado sobre a possível ida de Verstappen para a Silver Arrows para se juntar a George Russell, que descartou a ideia.
"Acho que qualquer equipe quer ter os melhores pilotos possíveis e, sim, no momento, Max é o melhor piloto do grid", disse o britânico.
"Se alguma equipe tiver a oportunidade de contratar Max, ela o escolherá 100%. A questão é mais sobre sua posição e a Red Bull", acrescentou Russell.
Os chefes da Red Bull podem se deparar com a situação complicada de ter que escolher entre o bem-sucedido capitão Christian Horner, intimamente ligado ao designer Adrian Newey, ou o tricampeão mundial Max Verstappen, de longe o melhor piloto da Fórmula 1 atualmente.