Apesar de ter chegado mais perto da vitória, o resultado é melhor para o Atlético-MG, que se mantém em sétimo lugar, com 48 pontos, três atrás do Athletico-PR (6º). Já o Fortaleza (10º, 45 pontos) desperdiçou a oportunidade de ultrapassar os mineiros e entrar no G-8 pela primeira vez no campeonato.
Esta foi a primeira vez na história que Fortaleza e Atlético-MG empataram sem gols, após 18 jogos. O ataque do Leão do Pici ainda não havia passado em branco em nenhuma partida do segundo turno do Brasileirão. O Galo, por sua vez, chegou à terceira rodada consecutiva sem balançar a rede.
Confira a classificação atualizada da Série A
Ausência de Hulk é sentida
Na primeira partida após a lesão de Hulk, que machucou a panturrilha e está fora da temporada, o Atlético sentiu falta de sua principal referência. O time de Cuca teve um domínio esmagador da posse de bola e rondou a área do Fortaleza, mas teve pouca eficiência.
Com 12 dos 38 gols, Hulk é responsável por quase um terço da produção ofensiva do Galo no campeonato. Quem aparece atrás do atacante é Nacho Fernández, com quatro gols. O argentino entrou apenas no segundo tempo, no lugar de Rubens.
Torcida é o destaque do Fortaleza
A atuação do Fortaleza deixou bastante a desejar. A equipe de Juan Pablo Vojvoda ficou acuada no campo de defesa em grande parte dos 90 minutos e sequer acertou uma finalização na direção da meta. Sem um diferencial em campo, o destaque ficou nas arquibancadas.
Com 43.660 presentes nesta segunda-feira, o Fortaleza superou a marca de um milhão de torcedores no Castelão em 2022, na soma das 33 partidas como mandante em todas as competições. Antes do apito inicial, os tricolores prepararam um belo mosaico em homenagem aos 104 anos do clube, completados no último dia 18.
Milagre de Fernando Miguel
Apesar do controle atleticano, Fernando Miguel precisou fazer poucas intervenções até os 40 minutos do segundo tempo. O goleiro, porém, saiu como herói ao operar milagre que impediu um golaço de Cristian Pavón. A defesa foi uma das mais bonitas deste Brasileirão.
Pavón tinha acabado de entrar em campo, no lugar de Ademir, quando teve a chance da consagração. O argentino foi a última tentativa de Cuca para tirar o zero do placar. Das substituições, a que mais surtiu efeito foi a troca de Zaracho por Keno no intervalo. O camisa 11 deu muito trabalho ao lado direito da defesa tricolor e chegou a encontrar grande passe para Ademir, que perdeu boa oportunidade na área.