“A Superliga poderá existir a partir da próxima temporada, ou em 2025/2026. Se não, vou repensar”, disse Laporta, em uma longa entrevista em que analisou a situação atual do seu clube.
Em 2021, uma dezena de clubes lançaram este projeto destinado a competir com a Liga dos Campeões, do qual todos, exceto os dois gigantes espanhóis, se desligaram.
A empresa promotora da Superliga recorreu aos tribunais espanhóis, acusando a UEFA de monopólio, depois de aquele órgão se ter oposto ao projeto. Um tribunal comercial de Madri terá de tomar uma decisão, depois de, em Dezembro passado, o Tribunal de Justiça da União Europeia ter considerado que as regras da UEFA relativas à autorização de outros torneios, como a Superliga Europeia, eram contrárias ao direito da concorrência.
No entanto, o tribunal especifica que isto não significa que o projeto da Superliga “deva necessariamente ser autorizado”, sublinhando que se rege de forma geral sobre as regras da FIFA e da UEFA, e não sobre esse projeto específico.
Laporta considerou que após a decisão da justiça europeia é um momento favorável para lançar a nova competição e manifestou a sua indiferença pela eventual ausência dos clubes britânicos.
"Superliga Continental"
"Não me importa que os ingleses não venham. Eles já têm a sua Superliga, que é a Premier", disse Laporta, que defendeu o projeto pelo benefício económico que traria aos clubes.
“A Superliga significa que você coloca na mesa um clube que, só por participar nesta competição, ganhará um mínimo de 100 milhões de euros (R$ 535 milhões), você não ganha isso nem mesmo vencendo a Liga dos Campeões”, disse ele. explicou.
O presidente do Barça desenhou o projeto como “uma Superliga continental” em que “Inter de Milão, Milan, Napoli, Roma, também Barcelona, Real Madrid, Olympique de Marselha, tens os três portugueses que são Sporting, Benfica e Porto, tens três equipes holandesas que são Ajax, Feyenoord e PSV, Anderlecht e Brugge na Bélgica".
“São 16 ou 18 times. Acho que seria melhor que 16”, disse Laporta, que afirmou que Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, muito críticos do projeto, não seriam incluídos.