Após a reunião de um gabinete de crise, o árbitro da partida, François Letexier, explicou a decisão. Além da postura dos dirigentes do Lyon, a preocupação com a saúde física e psicológica de Fabio Grosso impediu a realização da partida.

"Com as constatações das lesões sofridas pelos membros do Lyon, e levando em conta a opinião do clube, que não desejava iniciar a partida, foi tomada a decisão de não realizar o jogo. Relatórios serão enviados às autoridades competentes para decidir o que acontecerá em seguida", disse Letexier em uma breve coletiva de imprensa.

Textor se pronuncia

O Lyon pertence a John Textor, empresário que também comanda o Botafogo. Em entrevista ao Amazon Prime Video, o americano deu sua versão dos fatos e condenou o episódio.

"Não pedi o cancelamento da partida. A Liga nos informou que iria conversar com a equipe. Nosso time queria jogar, estávamos prontos. Estou muito orgulhoso do nosso treinador Fabio Grosso. Ele não está muito lúcido porque foi atingido por estilhaços", afirmou Textor.

"A decisão não dependia de nós porque o fato aconteceu fora do estádio. Foi necessário um atendimento médico para essas cenas chocantes. Não consegui conversar com ele (Grosso). Não é assim que o futebol deve ser jogado. Apoiamos a decisão do árbitro."

O ataque ao ônibus do Lyon também feriu o auxiliar Raffaele Longo. Além disso, houve ataques a ônibus com torcedores do clube em Marselha.

Em crise, o Lyon é o lanterna do Campeonato Francês, com 3 pontos em 9 jogos. A equipe ainda não venceu nesta temporada. Já o Olympique de Marselha está em 9º, com 12.