“A chapa estava quente, em função do contexto, em função dos resultados e por méritos dos nossos adversários", disse o treinador alviverde na coletiva no Allianz Parque, depois de Palmeiras 3x1 Botafogo-SP.
“Na minha opinião, o Palmeiras não está fazendo um campeonato extraordinário, mas está fazendo um campeonato bem satisfatório", acrescentou.
Com 20 pontos ganhos no Grupo D, o Verdão não depende apenas de si na última rodada para avançar de fase. A equipe precisa vencer o Mirassol fora de casa e torcer por um tropeço da Ponte Preta contra o Bragantino em Campinas.
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“Temos no sangue o querer ganhar novamente, mas estamos a uma altura que podemos ficar de fora e temos que aceitar", comentou Abel.
Preferência pelo natural
O português também endereçou o manifesto dos atletas contra o gramado sintético.
"Me desculpem, se viesse aqui a UEFA fazer o que a FIFA faz para regulamentar os sintéticos, aqui no Brasil passava um. Se me perguntam, eu gosto de tudo natural, o natural é o que eu mais gosto", respondeu.

“Sabe quantas vezes eu joguei no Maracanã? Um dos estádios mais míticos a nível mundial, sabem quantas vezes lá joguei? Umas quatro, cinco vezes. Sabem quantas vezes o gramado estava médio? Zero. Joguei lá uma vez com o gramado mais ou menos, sabem quando? Final da Libertadores, quando a Conmebol disse 'vamos parar isso, precisamos de um mês para compor o gramado'", revelou Abel Ferreira.
"O problema das lesões não é o sintético, o que acontece no sintético, em termos de articulação, sofrem mais, mas ele é uniforme, não tem buracos. Não é sintético ou natural, é competência, qualidade e rigor", explicou.
“Os clubes estão passando para os sintéticos, não tem condições um gramado natural acompanhar a quantidade de jogos que tem aqui no Brasil, é impossível. Como no Maracanã jogam Vasco, Fluminense e Flamengo um gramado natural aguentar. É impossível. Eu preferia ir lá jogar e ter um gramado sintético", finalizou Abel.