Swiatek diz que entidades do tênis deveriam ter vetado tenistas russos

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Swiatek diz que entidades do tênis deveriam ter vetado tenistas russos

Polonesa lamentou demora do mundo do tênis em relação ao tema
Polonesa lamentou demora do mundo do tênis em relação ao temaReuters
A número 1 mundial, a polonesa Iga Swiatek, criticou nesta quinta-feira (6), em entrevista à BBC, as entidades do tênis que, segundo ela, deveriam ter agido com mais veemência para protestar contra a invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Tenho a sensação de que o tênis, desde o início, poderia ter feito um pouco melhor para mostrar a todos que os tenistas eram contra a guerra", disse ela, denunciando "uma falta de liderança" por parte da WTA e da ATP.

"Acho que eles poderiam ter feito um pouco mais para transmitir essa ideia e dar seu ponto de vista e nos ajudar um pouco mais no vestiário, já que o clima estava bastante tenso", acrescentou.

A polonesa de 21 anos acredita que uma exclusão geral de jogadores russos e bielorrussos teria que ser decidida, mas agora essa decisão seria "injusta".

"É algo que já se falava no início (da invasão). O tênis não foi por esse caminho, mas agora vai ser muito injusto fazer isso com jogadores russos e bielorrussos, já que essa decisão teria que ter sido tomada há um ano", disse Swiatek.

"Não é culpa de alguém ter esse passaporte, mas, por outro lado, impactou a todos nós de alguma forma e penso que tudo o que poderia ter ajudado a travar a agressão russa, devíamos ter feito no nível de decisões tomadas pelas federações", completou a tenista.

Swiatek também destacou a coragem de algumas atletas russas, como a número oito do mundo, Daria Kasatkina, que pediu publicamente o fim da guerra.

"Eu realmente respeito isso porque acho que é corajoso para os atletas russos dizerem esse tipo de coisa porque a situação deles é muito difícil e, às vezes, é complicado fazê-lo abertamente", admitiu.

Há uma semana, os organizadores do Torneio de Wimbledon, que acontece no início de julho, haviam anunciado que, ao contrário do ano passado, jogadores russos e bielorrussos poderiam participar da competição, mas como atletas "neutros", com proibição de manifestar qualquer apoio à invasão russa da Ucrânia.

Wimbledon, dessa forma, se alinhou à política adotada pelos demais torneios do Grand Slam.