"Egoisticamente falando, tenho de admitir que as ordens das equipes não são divertidas", declarou Piastri à imprensa nesta quinta-feira (12), na véspera dos treinos livres do Grande Prêmio do Azerbaijão.
"Mas estou ciente de que não se trata apenas de mim e estou feliz por desempenhar um papel coadjuvante nesta fase do campeonato", acrescentou o jovem australiano.
No último Grande Prêmio disputado, em Monza, há 10 dias, Piastri surpreendeu Norris ao ultrapassá-lo na primeira curva, com as duas McLarens largando da primeira linha do grid, o que desestabilizou o britânico e o grande favorecido acabou sendo o monegasco da Ferrari Charles Leclerc, que conquistou a vitória.
"No início da temporada provavelmente seria excessivo, mas agora acho que é hora de ajudar a equipe a vencer os dois campeonatos, o de pilotos e o de construtores", afirmou Piastri.
Numa entrevista publicada nesta quinta-feira pela BBC, o chefe da equipe Andrea Stella explicou que a McLaren "vai apoiar Lando, mas sem comprometer muito os princípios (...) que são de que a equipe está acima de tudo".
O engenheiro não explicou especificamente como serão aplicadas as ordens, embora Norris tenha descartado nesta quinta-feira que Piastri teria de abrir mão da vitória.
"Provavelmente se aplicará às posições mais recuadas, mas se (Piastri) lutou pela vitória, ele merece o triunfo", declarou o britânico. "Tampouco quero que me deem o campeonato de presente", acrescentou.
Até o momento, a McLaren havia permitido que seus dois pilotos brigassem na pista, sem privilégios para um ou para outro.
Às vésperas do início do Grande Prêmio do Azerbaijão, a 17ª corrida da temporada (de 24), Norris está 62 pontos atrás de Verstappen, enquanto a diferença entre o líder do campeonato e Piastri é de 106.
O Mundial de construtores está bem mais acirrado, com a Red Bull oito pontos à frente da McLaren, que não vence esse campeonato de equipes desde 2008, quando Lewis Hamilton conquistou o primeiro de seus oito títulos mundiais.