O Brasil precisou remar em um primeiro quarto bastante disputado. Os Estados Unidos, mesmo sem seus grandes nomes, impuseram dificuldades, inclusive liderando o placar. Todavia, o time brasileiro foi encontrando seu melhor rendimento e tomou as rédeas do placar, com Yago ampliando o marcador com uma bola de três no estouro do cronômetro. A primeira parcial terminou com a liderança da seleção por 22 a 16. 

No segundo quarto, o Brasil seguiu à frente no marcador, caminhando até a ida para o intervalo com uma diferença de quatro pontos no placar: 39 a 35. Mesmo sem ter um rendimento acima dos norte-americanos nas bolas de dois pontos e nos ataques do perímetro, a seleção liderou nos lances livres, com um rendimento de 71% contra 14% dos EUA, além de 19 rebotes contra 17 dos adversários, e também nas assistências (11 a 6). Cabocolo foi o cestinha do primeiro tempo, com 13 pontos. 

O segundo tempo de jogo foi um teste para cardíaco, especialmente no último quarto quando a seleção brasileira sofreu um apagão em cinco ataques e viu a diferença para os norte-americanos ir a cinco pontos. Gui Santos fez o Brasil retomar o caminho das cestas ao acertar dois lances livres. Os Estados Unidos respondeu com uma bola de três, mas Bruno Caboclo também devolveu a pontuação no perímetro. Foram pouco mais de três minutos de tirar o fôlego. 

No canto da torcida

A torcida brasileira subiu o som em Santa Cruz do Sul, empurrando o time verde e amarelo em um jogo de trocação. Yago chamou o jogo e serviu também Caboclo para uma enterrada que fez a torcida explodir. Mesmo com uma bola de três dos norte-americanos, restavam 14 segundos no relógio.

Coube ao Brasil ser inteligente, queimar o relógio, ir para a linha do lance livre e confirmar a segunda vitória sobre os norte-americanos nas Eliminatórias. Bruno Caboclo foi o cestinha do jogo, com 21 pontos. O outro destaque brasileiro no confronto foi Yago Santos, com 17 pontos. 

Em todas as Copas

Com o triunfo, o Brasil confirmou a escrita de nunca ter ficado fora de uma disputa de Copa do Mundo de basquete. A seleção é bicampeã mundial (1959 e 1963) e tenta retomar os grandes momentos no esporte. Na última Copa, realizada na China, o Brasil não passou do 13º lugar.