O jogador de 33 anos juntou-se à lenda do Liverpool Steven Gerrard - que, surpreendentemente, deverá prolongar seu contrato na Arábia - na lucrativa Liga Saudita em transferência efetuada na última janela com um salário de 410 mil euros por semana (pouco menos de de R$ 2,2 milhões), mas passou apenas seis meses no Oriente Médio. 

O jogador inglês aceitou uma redução salarial considerável para se mudar para Amesterdã, bem abaixo dos altos valores do futebol saudita. 

Henderson causou agitação entre os grupos LGBTQIA+ pela mudança, com alguns considerando o gesto do capitão inglês como hipócrita depois do seu apoio às causas durante passagem pelos Reds. O acerto, portanto, conflitava com o histórico de aversão do país do Oriente Médio à homossexualidade, considerada ilegal e punível com a morte na Arábia Saudita.

No ano passado, Henderson chegou a ser vaiado por torcedores ingleses após a transferência, com muitos criticando o técnico Gareth Southgate por continuar a incluí-lo nas convocações dos Três Leões.

Henderson foi também alvo de reações negativas depois de ter tentado justificar a decisão em uma entrevista ao The Athletic em setembro, na qual afirmou que "não estava motivado pelo dinheiro" e que apreciava a oportunidade de tornar a Liga Saudita "uma das melhores do mundo", ao mesmo tempo que "respeitava as diferentes culturas e crenças".

Henderson foi capitão do Liverpool no primeiro título de Premier League em 30 anos, em 2020, e também no triunfo da Liga dos Campeões, em 2019.

Ele deixa o Al-Ettifaq após 17 partidas no campeonato saudita, acumulando quatro assistências. O time comandado por Steven Gerrard ocupa apenas o oitavo lugar na tabela.