Na semana passada, a diretoria executiva do COI recomendou a retirada do reconhecimento da IBA por não ter cumprido uma série de reformas. A decisão agora precisa da aprovação de uma sessão extraordinária do COI, a ser realizada remotamente em 22 de junho.
Na época do anúncio do COI, a IBA criticou a decisão, chamando-a de uma medida "verdadeiramente abominável e puramente política".
A diretoria executiva do COI recomendou que a Sessão do COI decidisse que "a IBA não deveria organizar o torneio de boxe LA28 dos Jogos Olímpicos".
O COI suspendeu anteriormente a IBA em 2019 por questões de governança, finanças, arbitragem e ética e não a envolveu na realização dos eventos de boxe nas Olimpíadas de Tóquio.
O boxe faz parte dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas as lutas de qualificação e a competição estão sendo administradas pelo COI e não pela IBA, como foi o caso em Tóquio.
Em um relatório da IBA enviado ao COI recentemente, a associação de boxe culpou o órgão olímpico por intransigência e declarações falsas.
Mas o COI advertiu repetidamente a IBA, cujo chefe desde 2020 é o empresário russo Kremlev, de que não havia feito o suficiente.
Outras questões, como um acordo de patrocínio com a gigante russa de energia Gazprom, que foi rescindido após a invasão da Ucrânia pela Rússia, complicaram ainda mais a posição da IBA.
As ações da IBA levaram à criação de um grupo separado chamado World Boxing e vários países deixaram a IBA para se juntar à nova organização.
O recém-formado órgão de boxe inclui os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, bem como a Nova Zelândia, Alemanha, Holanda e Suécia, que se juntaram ao World Boxing registrado na Suíça em abril.