Uma fonte com conhecimento direto dos procedimentos disse que o COI também decidiu ter o esporte como parte do programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

O COI suspendeu a IBA em 2019 por questões de governança, finanças, arbitragem e ética e não a envolveu na realização dos eventos de boxe nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021.

Ele também excluiu provisoriamente o esporte dos Jogos de Los Angeles 2028.

A decisão agora só precisa da aprovação de uma sessão extraordinária do COI, a ser realizada remotamente e marcada para 22 de junho.

No passado, o COI removeu ou incluiu novos esportes no programa dos Jogos Olímpicos, a fim de renovar os Jogos e tornar as competições mais relevantes para o público mais jovem.

No entanto, retirar o reconhecimento de uma federação esportiva é extremamente incomum.

"Esta decisão é baseada no Relatório Abrangente do COI sobre a situação da IBA datado de 2 de junho de 2023, que o Conselho Executivo do COI discutiu e aprovou hoje", disse o COI em um comunicado.

"O relatório estabelece que a IBA não cumpriu as condições estabelecidas pelo COI". 

O boxe faz parte dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas as qualificações e a competição estão sendo administradas pelo COI e não pela IBA, como foi o caso dos Jogos de Tóquio 2021.

Em um relatório da IBA enviado ao COI recentemente, a associação culpou o órgão olímpico por intransigência e declarações falsas.

Mas o COI havia advertido repetidamente a IBA, cujo chefe desde 2020 é o empresário russo Umar Kremlev, de que não havia feito o suficiente.

Outras questões, como um acordo de patrocínio com a gigante russa de energia Gazprom, que desde então foi rescindido, complicaram ainda mais a posição da IBA, com a Rússia invadindo a Ucrânia no ano passado.

As ações da IBA levaram à criação de um grupo separado chamado World Boxing recentemente, com vários países deixando a IBA para se juntar à nova organização.

A Federação Suíça de Boxe, na semana passada, tornou-se o mais recente órgão dirigente nacional do esporte a deixar a IBA e juntar-se à organização rival de boxe.

O recém-formado órgão de boxe inclui os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, bem como a Nova Zelândia, Alemanha, Holanda e Suécia, que se juntaram à World Boxing registrada na Suíça em abril.