Diniz foi, recentemente, uma das vítimas desta realidade ao ser demitido do cargo de treinador da Seleção Brasileira após apenas seis partidas, sendo substituído por Dorival Júnior.
O técnico do Fluminense analisou a realidade do imediatismo, que toma conta da cabeça dos dirigentes do futebol brasileiro de uma forma geral. Para ele, a forma como as demissões aconteceram no cenário nacional é incorreta.
"É uma análise de resultado. Se não ganha, manda embora. É ridículo o que aconteceu com o Carpini e o que acontece com os estrangeiros. Treinador só serve se ganhar. Tem que vencer pra mostrar que é bom, não é feita uma análise do conteúdo.
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"Existe um automatismo que diz que quem ganha é bom, quem perde é ruim. O Abel é bom, mas ele passou por momentos de pressão e podia ter acontecido algo diferente", comentou o treinador.
Tá na moda
Diniz também falou sobre a tendência que muitos clubes brasileiros possuem de olhar para técnicos estrangeiros na hora de escolher um novo comandante.
"Aqui a moda é trazer treinador estrangeiro. Quantos técnicos estrangeiros Botafogo e Cruzeiro já tiveram? Tem um monte de treinador brasileiro bom, mas tem menos tempo. A gente tem uma paciência maior para mandar estrangeiro embora. A presença de treinadores de fora do país é algo que tem sido alimentado.
"Eles são bem-vindos. Daqui a pouco, além dos membros de comissões técnicas, estão trazendo gerentes e assessores de imprensa de fora. Aí viramos um país-colônia, extrativista total. É preciso ter mais cuidado, essa relação não é justa quando falamos de técnicos brasileiros", afirma o treinador.