Fernando Alonso havia terminado em sexto lugar no Grande Prêmio da Austrália, neste domingo (24), um desempenho mais do que notável para o ritmo de seu carro.

Ele dificilmente poderia aspirar a mais diante da Ferrari, que conseguiu uma dobradinha brilhante. O abandono de Max Verstappen permitiu que ele ganhasse uma posição e, quem sabe, sonhasse em terminar ainda mais à frente, embora alcançar Sergio Pérez, quinto colocado, era quase utópico.

De acordo com os comissários da Fórmula 1, o piloto da Aston Martin dirigiu de forma "potencialmente perigosa" na ação que levou ao acidente com George Russell, com quem travou uma batalha particular. O britânico estava com os pneus melhores e tentava ultrapassar o espanhol, uma possibilidade que desapareceu completamente na última volta, quando ele bateu na barreira.

A decisão de puní-lo com 20 segundos e três pontos na classificação geral foi tomada depois de analisar as imagens e conversar com os protagonistas, disse a organização em um comunicado à imprensa. 

Assim, o bicampeão mundial cai para o oitavo lugar, uma situação que beneficia seu companheiro de equipe Lance Stroll, além de Yuki Tsunoda. Nada muda para Nico Hülkenberg, que terminou em 9°, e Kevin Magnussen, 10° em um domingo emocionante.

"Em nenhum momento, um carro pode ser dirigido extremamente devagar, de forma errática ou de uma maneira que possa ser potencialmente perigosa para outros pilotos", explica o artigo 33.4 do código de regras da FIA.

Apesar dessa punição severa, os oficiais, que reconhecem que Alonso estava dirigindo "extremamente devagar" naquela seção da pista, não acreditam que ele tenha sido responsável pelo incidente - sem maiores consequências para Russell.