A IBA, que está em desacordo com os organizadores das Olimpíadas, declarou que seu conselho de administração havia votado a favor da mudança. A empresa russa de energia Gazprom é a maior patrocinadora da IBA, anteriormente conhecida como AIBA (Associação Internacional de Boxe Amador).
"A IBA acredita firmemente que a política não deve ter nenhuma influência sobre o esporte. Portanto, todos os atletas devem receber condições iguais", disse a associação, acrescentando que permaneceu "politicamente neutra e independente".
"A IBA apela pela paz e permanece como uma pacificadora em quaisquer conflitos. Além disso, a IBA tem a obrigação de garantir igualdade de tratamento para os atletas e árbitros, independentemente de sua nacionalidade e residência", afirmou. "Tanto as equipes russas quanto as de Belarus poderão atuar com suas bandeiras, e os hinos nacionais serão tocados caso ganhem uma medalha de ouro. De acordo com a decisão, os técnicos de Rússia e Belarus também estarão de volta às competições".
Atletas e juízes de ambos os países estavam impedidos de participar das competições internacionais da IBA desde março, após a invasão russa à Ucrânia em fevereiro.
A IBA, liderada pelo empresário russo Umar Kremlev, suspendeu a Ucrânia no mês passado, antes de uma reunião que decidiu não realizar uma nova eleição presidencial. A entidade não reconhece Kyrylo Shevchenko como presidente da federação ucraniana, e sim Volodymyr Prodyvus, um aliado de Kremlev que deixou a Ucrânia em fevereiro.
Kremlev disse, na semana passada, que tinha chegado a hora de atletas da Rússia e Belarus poderem competir com suas próprias bandeiras.
O Comitê OIlímpico Internacional (COI) retirou da IBA os torneios qualificatórios e as competições nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, depois de também destituir a organização, em 2019, dos Jogos de Tóquio, devido a questões de governança, finanças, arbitragem e ética. O boxe também não foi incluído no programa inicial para as Olimpíadas de Los Angeles em 2028.