Faltam 100 dias para Paris 2024: relembre os primeiros ouros do vôlei brasileiro nos Jogos

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Faltam 100 dias para Paris 2024: relembre os primeiros ouros do vôlei brasileiro nos Jogos

Barcelona 1992 marcou virada na história do vôlei masculino brasileiro
Barcelona 1992 marcou virada na história do vôlei masculino brasileiroAFP
A cada edição de Olimpíada, o vôlei brasileiro entra como um dos favoritos ao ouro. Tal realidade se tornou uma constante nos últimos anos, mas nem sempre foi assim. O ponto de virada aconteceu após as primeiras conquistas do primeiro lugar, que vieram em Barcelona 1992 com o time masculino e em Pequim 2008 com o time feminino.

O Flashscore, faltando 100 dias para os Jogos de Paris, começa aqui uma contagem regressiva para a edição de 2024, relembrando como se deram as primeiras medalhas de ouro do vôlei brasileiro no maior evento esportivo do planeta. A cada 10 dias, iremos trazer memórias dos primeiros ouros em alguns esportes. 

O time masculino de vôlei chegou perto alguns anos antes do histórico ouro em Barcelona. A chamada "Geração de Prata" ficou na segunda posição nos Jogos de Los Angeles, em 1984. Naquela época, a seleção era treinada por Bebeto de Freitas e formada por grandes referências que são lembradas até hoje, como Bernard, William, Renan e Amauri. 

Estes e outros jogadores inspiraram a geração seguinte, formada por estrelas como Maurício, Tande, Marcelo Negrão e Giovani, que faturaram o ouro em Barcelona, oito anos depois, no dia 9 de agosto de 1992, sob o comando do técnico José Roberto Guimarães, então com 37 anos, hoje treinador da seleção feminina.

Estranho no ninho

O treinador sabia do olhar de desconfiança que tinha do próprio elenco, até pela idade e pouca experiência como treinador efetivo. Apesar de ser um "estranho no ninho", Zé mostrou sua capacidade aproveitando bem as características dos jogadores. 

"O Zé precisava colocar a melhor formação com os melhores jogadores. O maior desafio foi juntar peças que faziam a mesma função. A grande solução foi colocá-los fazendo mais de uma função específica. 

"O Carlão poderia passar e o Marcelo Negrão atacava pelo meio. Em algumas passagens, tínhamos duas opções de bolas rápidas e um atacante de ponta sendo liberado pelo fundo de quadra. Tudo isso foi possível pela qualidade dos jogadores", lembra Talmo, que era o levantador reserva daquele time. 

Rivalidade fez time ganhar corpo

Antes dos Jogos, o Brasil teve a Liga Mundial como preparação. Apesar do quinto lugar, a preparação foi bem feita naquela campanha, com o time vencendo Cuba depois de um hiato de oito anos. Mudanças táticas começaram a ser feitas e o crescimento do time teve seu ápice em Barcelona. 

Na campanha de 1992, o Brasil venceu todos os seus jogos, perdendo apenas três sets, surpreendendo a muitos. O time verde-amarelo não começou o torneio como favorito, mas foi ganhando respeito e confiança até a grande decisão contra a Holanda, que veio por 3 a 0, terminando com um histórico ace de Marcelo Negrão. 

Brasil não estava entre os favoritos no início dos Jogos de Barcelona
Brasil não estava entre os favoritos no início dos Jogos de BarcelonaAFP

"O Zé arrumava o time de acordo com o que ele queria e foi evoluindo na forma de dirigir o time. Fomos para fazer nosso melhor. Jogo a jogo era nosso foco. 

Acho que, depois da final, é que percebemos que havíamos chegado tão longe. Até hoje, o filme passa na memória e volto no tempo para agradecer como tudo foi muito bom", lembra Talmo. 

Campanha do vôlei masculino em Barcelona 1992

1ª fase

Brasil 3 x 0 Coreia do Sul (15-13, 16-14 e 15-7)

Brasil 3 x 1 Equipe Unificada (15-6, 15-7, 9-15 e 16-14)

Brasil 3 x 0 Holanda (15-11, 15-9 e 15-4)

Brasil 3 x 1 Cuba (15-6, 15-8, 12-15 e 15-6)

Brasil 3 x 0 Argélia (15-8, 15-13 e 15-9)

Quartas de final

Brasil 3 x 0 Japão (15-12, 15-5 e 15-12)

Semifinais

Brasil 3 x 1 Estados Unidos (12-15, 15-8, 15-9 e 15-12)

Final

Brasil 3 x 0 Holanda (15-12, 15-8 e 15-5)

Feminino bateu na trave três vezes antes do ouro

O vôlei feminino do Brasi precisou esperar um pouco mais para conseguir o feito inédito de um ouro olímpico. Ele veio em Pequim, no ano de 2008, antes do bi ser confirmado em Londres, quatro anos mais tarde. 

O duplo ouro deixou para trás o sabor amargo do 4° lugar de 2004, quando o Brasil fazia campanha perfeita até enfrentar a Rússia na semifinal. Depois de abrir 2 a 0, a seleção sul-americana sofreu a virada com dois dos últimos sets sendo definidos na diferença mínima. Nas edições anteriores em Atlanta 1996 e Sidney 2000, o Brasil terminou com o bronze. 

Rússia foi uma das vítimas do Brasil no caminho do ouro
Rússia foi uma das vítimas do Brasil no caminho do ouroAFP

Diferente do primeiro título masculino, aquela seleção brasileira chegou para os Jogos de 2008 como uma das favoritas. Faziam parte do elenco de José Roberto Guimarães nomes como de Fofão, Sheilla, Fabiana e Jaqueline.

Na primeira fase, cinco vitórias por 3 a 0, contra times como Itália, Sérvia e Rússia, davam indícios do que estava por vir. Nas quartas e semis, as asiáticas japonesas e chinesas também foram derrotadas em sets diretos.

Foi somente na final, no dia 23 de agosto de 2008, que o Brasil foi perder seu primeiro set, sem se deixar abalar pelo "feito" das norte-americanas, que também foram vencidas, desta vez por 3 a 1, premiando uma campanha perfeita da seleção verde-amarela. 

Campanha do vôlei feminino em Pequim 2008

Brasil 3 x 0 Argélia (25-11, 25-11 e 25-10)

Brasil 3 x 0 Rússia (25-14, 25-14 e 25-16)

Brasil 3 x 0 Sérvia (25-15, 25-13 e 25-23)

Brasil 3 x 0 Cazaquistão (25-13, 25-6 e 27-25)

Brasil 3 x 0 Itália (25-16, 25-22 e 25-17)

Quartas de final

Brasil 3 x 0 Japão (25-12, 25-20 e 25-16)

Semifinais

Brasil 3 x 0 China (27-25, 25-22 e 25-14)

Final

Brasil 3 x 1 Estados Unidos (25-15, 18-25, 25-13 e 25-21)