O caminho de Jéssica foi tortuoso até a decisão, com a brasileira superando adversárias de expressão até a briga pela medalha de ouro.

Ela venceu a japonesa Riko Honda, que é vice-campeã mundial juvenil, na segunda rodada, antes de superar, na semifinal, Jessica Klimkait, segunda colocada do ranking. A canadense foi bronze na Olimpíada de Tóquio 2020, além de ter sido campeã mundial em 2021. 

A decisão veio com ajuda do vídeo replay no golden score, quando waza-ari foi confirmado para dar a classificação da brasileira à grande final. 

Na final, Degushi foi superior. A adversária é uma das referências da categoria. Neste ano, perdeu apenas quatro lutas, somando seis medalhas no circuito, entre elas, o ouro no Mundial de Doha. 

Feito importante

O resultado fez Jéssica estar no mesmo lugar de Érika Miranda. Elas são as únicas mulheres brasileiras finalistas do Grand Slam de Tóquio. A última vez que o Brasil chegou à final em Tóquio foi com Érika Miranda, Charles Chibana e Rafael Silva “Baby”, que ficaram com as pratas, em 2013.

Jéssica está na mesma categoria de Rafaela Silva, forte concorrente na disputa por vaga na Olimpíada de Paris. Apenas uma delas vai representar o Brasil em solo francês. 

Compatriota como adversária de peso

Apesar dos pontos ganhos na competição e da possível entrada no top 10, Jéssica vai seguir atrás de Rafaela, que ocupa a 7ª posição e foi eliminada na estreia no torneio japonês. 

Além da eliminação de Rafaela, outros brasileiros não avançaram. Kaillany Cardoso (70kg) foi imobilizada por Kim Polling, da Holanda, na primeira luta.

Beatriz Souza (+78kg) sofreu com as punições e ficou pelo caminho diante de Haruki Kodama, do Japão, na primeira luta. Rafael Macedo (90kg) perdeu também nas punições na primeira luta diante de Murad Fatiyev, do Azerbaijão. A competição continua neste domingo, com mais brasileiros em ação.