O Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou no mês passado que os atletas dos dois países pudessem retornar às competições internacionais como neutros.
A IJF anunciou na semana passada que permitiria que judocas da Rússia e da Bielorrússia participassem do evento, que acontece entre 7 a 14 de maio, dizendo que sua decisão permitiria que russos e bielorrussos participassem da qualificação para os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris.
As recomendações do COI excluem atletas que apóiam a guerra ou que são contratados por agências militares ou de segurança nacional. A IJF disse que contratou uma empresa independente para realizar verificações de antecedentes e identificar tais atletas.
No entanto, a federação ucraniana alegou que vários judocas russos inscritos no campeonato são "militares ativos".
"Não vemos aqui neutralidade, igualdade de condições e uma 'ponte para a paz', conforme declarado na Resolução da IJF sobre a participação de equipes russas e bielorrussas no Campeonato Mundial em Doha", disse a UJF.
"Vemos aqui uma decisão que contradiz as últimas recomendações do Comitê Olímpico Internacional. Estamos desapontados com a decisão da Federação Internacional de Judô. Portanto, decidimos não participar do Campeonato Mundial em Doha".
A Ucrânia proibiu suas equipes esportivas nacionais de competir em eventos que incluem competidores da Rússia e da Bielorrússia.
A Reuters entrou em contato com A IJF e a Federação de Judô da Rússia, que não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, na qual a Bielorrússia foi uma área de preparação para as tropas russas, a IJF removeu o presidente russo Vladimir Putin de seu cargo de presidente honorário e cancelou um evento do Grand Slam em Kazan, na Rússia.