Francês Teddy Riner "progride" no judô com ajuda do jiu-jitsu brasileiro

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Francês Teddy Riner "progride" no judô com ajuda do jiu-jitsu brasileiro

Há uma semana e meia, Rinner ganhou o Grand Slam de Paris
Há uma semana e meia, Rinner ganhou o Grand Slam de ParisAFP
O judoca francês Teddy Riner prepara-se para tentar ganhar o seu terceiro ouro olímpico nos Jogos de Paris, em 2024, treinando com lutadores brasileiros de jiu-jitsu. O lutador tem treinado com cautela, pois pretende voltar ao seu melhor depois de se recuperar de uma lesão grave.

Riner está no Rio de Janeiro para sessões de treinos que vão durar 10 dias, de olho no Mundial, que vai acontecer em Doha, no Catar, entre 7 e 14 de maio. Aos 33 anos, ele garante que está aprendendo "coisas novas" e a desfrutar da sua disciplina.

No dojô do Flamengo, o clube de futebol mais popular do Brasil, o dez vezes campeão mundial concentra os seus treinos ao lado de lutadores brasileiros de jiu-jitsu.

Há uma semana e meia, Rinner ganhou o Grand Slam de Paris, evento que marcou seu retorno após lesão no tornozelo direito em agosto de 2022, quando atravessava grande fase. O imprevisto o deixou de fora do Mundial de 2022, que aconteceu em outubro em Tashkent, no Uzbequistão.

O seu treinador, Franck Chambily, está confiante de que seu aluno, no Catar, estará "em boa forma para enviar uma mensagem" aos seus rivais faltando cerca de um ano para os Jogos de Paris.

Presença de Rinner tem chamado atenção do público brasileiro
Presença de Rinner tem chamado atenção do público brasileiroAFP

Pergunta: Como se sentiu após a lesão?

Resposta: Em Paris o tornozelo aguentou bem, foi importante para mim enfrentar a adversidade (...) Depois desta lesão, houve dúvidas, e foi preciso muito trabalho para voltar a este nível. Ainda há muito a melhorar antes dos Jogos, ainda tenho muito espaço para melhorar (...) Vamos dar o passo a passo, não estamos colocando pressão sobre nós mesmos. Tudo no seu tempo. 

P: Após a sua vitória em Paris, disse que estava apenas a 70% da sua capacidade. Pensa que estará 100% para o Mundial de Doha?

R: Veremos, não sou um cartomante. Se eu puder estar a 100%, ou mesmo a 90%, chegarei desta forma.

Rinner realiza parte de suas atividades no Flamengo
Rinner realiza parte de suas atividades no FlamengoAFP

Sofrer para "progredir

P: Porque veio ao Rio três meses antes do Mundial

R: No Brasil posso melhorar dois aspectos: enfrentar adversários difíceis e aprender jiu-jitsu brasileiro, o que traz muitas coisas para a luta em pé e no chão.

P: Quais são as principais lições que retira destes encontros com expoentes do jiu-jitsu brasileiro?

R: Eles permitem-me progredir, embora saibamos muito bem que estão anos-luz à nossa frente em termos de luta no solo (...) Eu não estou em busca de vitória. Tento ver como eles se movem (...) É por isso que estou aqui, sempre aprendo coisas novas que podem me ajudar. E também me divirto. Mesmo no sofrimento, encontro um ponto positivo para progredir".

P: Está no Rio no meio do Carnaval, vai aproveitar a atmosfera?

R: "Não sei como vamos fazer em termos de dias de folga, mas é a primeira vez que vou ao Brasil durante o Carnaval, por isso, se puder tirar partido disso, claro. O Brasil é o país onde ganhei mais vitórias: dois títulos mundiais (o primeiro em 2007 e o sexto em 2013) e um título olímpico (em 2016). Eu também fui o portador da bandeira aqui (nos Jogos Olímpicos do Rio 2016). Este é um país que adoro, que tem um lugar especial na minha cabeça e no meu coração".